Kremlin: Macron não fez nada na prática para se comunicar com Putin
"Veremos como a posição dos europeus ainda mudará", afirmou Dmitry Peskov ao comentar sobre a guerra na Ucrânia
247 - O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o presidente da França, Emmanuel Macron, expressou sua prontidão para se comunicar com o presidente russo, Vladimir Putin, mas não deu passos reais nessa direção.
"Ele [Emmanuel Macron] disse que estava pronto para se comunicar com [Vladimir] Putin antes também, mas não deu nenhum passo real nessa direção", disse Peskov em uma entrevista para a mídia russa.
"Veremos como a posição dos europeus ainda mudará, dados seus contatos com os norte-americanos e essa dinâmica repentina das relações russo-americanas em geral. O tempo dirá", disse Peskov.
Em uma entrevista recente com a mídia francesa, o líder francês não descartou a possibilidade de diálogo com Putin, dizendo que poderia ocorrer no "momento certo".

O porta-voz emitiu o seu próprio posicionamento em um contexto de escalada de tensões entre EUA e Europa. Na última sexta-feira (2), os presidentes Donald Trump (Estados Unidos) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) se desentenderam, cancelaram uma entrevista coletiva conjunta e não assinaram um acordo que permitiria empresas norte-americanas explorarem minerais no território ucraniano, como uma contrapartida da ajuda oferecida pelos EUA a Kiev, em guerra com a Rússia.
O presidente Donald Trump tem defendido que o seu país diminua ou pare de fornecer ajuda para a Ucrânia. O governo russo é contra a entrada dos ucranianos na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), liderada pelos EUA.
Neste domingo (2), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Europa precisa se "rearmar urgentemente", após uma reunião com líderes de países europeus e representantes da OTAN. Na avaliação feita pela dirigente, é preciso “intensificar o investimento em defesa por um período prolongado de tempo".
Os norte-americanos controlam a defesa nuclear da OTAN. Os EUA mantêm cerca de 100 ogivas nucleares do modelo B61 em bases em cinco países europeus: Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia.
Um possível conflito nuclear entre Europa e Rússia dificilmente seria restrito ao continente europeu. Existe uma cláusula de defesa mútua da OTAN, que prevê a intervenção dos EUA em caso de ataque a qualquer um dos integrantes da aliança.
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