HOME > Mundo

Israel volta a matar dezenas de pessoas "devido à fome e à desnutrição", diz Ministério da Saúde de Gaza

Com os novos registros, aumentou a quantidade de mortes relacionadas à fome para 361, sendo 130 crianças

Israel ataca população civil e mata mulheres e crianças (Foto: Reuters)

247 - O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza contabilizou nesta terça-feira (2) mais 13 mortes, incluindo três crianças, “devido à fome e à desnutrição nas últimas 24 horas”. Com os novos registros, aumentou a quantidade de mortes relacionadas à fome para 361, sendo 130 crianças. Pelo menos 78 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Gaza desde o amanhecer, incluindo 42 na Cidade de Gaza, de acordo com fontes médicas à TV Al Jazeera.

Entre os mortos, 20 pessoas estavam buscando ajuda, relataram fontes dos hospitais do território. Militares israelenses lançaram ofensivas para tomar a Cidade de Gaza, com intensos bombardeios nos últimos dias e recomendações de evacuação iminente.

Israel é acusado de cometer genocídio na Faixa de Gaza, onde mais de 63 mil pessoas perderam a vida desde outubro de 2023 em consequência dos ataques conduzidos por forças israelenses, segundo dados do Ministério da Saúde local.

Em dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma queixa contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), solicitando medidas provisórias diante de atos classificados como genocidas. 

A ação sustenta que as ofensivas e omissões israelenses no território palestino violam a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. Israel argumenta que age em defesa própria contra ataques terroristas e rejeita as acusações. O Brasil declarou apoio à iniciativa sul-africana.

No mês seguinte, em janeiro de 2024, a CIJ determinou que Israel adotasse medidas para prevenir atos de genocídio em Gaza, punisse indivíduos que incitassem esse tipo de crime e assegurasse a entrada de ajuda humanitária à população local. Mas o tribunal não atendeu ao pedido da África do Sul para a suspensão imediata das operações militares. O processo segue em andamento, com respaldo de diversos países, entre eles o Brasil.

Artigos Relacionados

Carregando anúncios...