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Israel violou cessar-fogo 47 vezes e matou 38 palestinos

Agência de imprensa de Gaza relata mortes e feridos após ataques israelenses desde o início da trégua

Palestinos buscam em desespero suprimentos de ajuda em caminhões humanitários, que entraram na Faixa de Gaza, furando o cerco genocida imposto pos Israel - 12/10/2025 (Foto: REUTERS/Ramadan Abed)

247 - A agência de imprensa de Gaza denunciou neste sábado (18) que Israel violou o cessar-fogo firmado com o Hamas em pelo menos 47 ocasiões desde o início do acordo, em outubro. Segundo o órgão, as ofensivas resultaram na morte de 38 palestinos e deixaram 143 feridos. As informações são do Metrópoles.

Embora o cessar-fogo na Faixa de Gaza tenha sido formalizado por ambas as partes, acusações de descumprimento têm se multiplicado, aumentando a tensão na região. De acordo com a assessoria de imprensa ligada à administração local, comandada pelo Hamas, “desde o anúncio do fim da guerra na Faixa de Gaza, uma série de graves e repetidas violações foi registrada, somando até o momento 47 violações documentadas”.

Acusações contra Israel

O escritório de Gaza afirmou que os ataques israelenses se configuram em diferentes práticas de violência. “Essas violações variaram entre crimes de disparos diretos contra civis, bombardeios e ataques deliberados, além da prisão de vários cidadãos civis — práticas que refletem a continuidade da postura agressiva da ocupação, apesar do anúncio do fim da guerra”, declarou a assessoria.

Segundo o comunicado, boa parte das ações militares de Israel teria sido realizada a partir de veículos blindados e tanques posicionados próximos a áreas residenciais. Também foram citados equipamentos eletrônicos com sensores e sistemas de mira remota utilizados nos ataques.

Apelo à comunidade internacional

A assessoria de Gaza atribuiu “total responsabilidade” a Israel e pediu a intervenção da comunidade internacional. “Responsabilizamos integralmente a ocupação por essas violações e conclamamos as Nações Unidas e as partes garantes do acordo a intervirem urgentemente para obrigar a ocupação a cessar sua agressão”, disse o comunicado.

Resposta de Israel

Do lado israelense, o governo acusa o Hamas de descumprir parte do pacto ao não entregar todos os corpos de reféns mortos. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu condicionou a reabertura da passagem de Rafah, principal ponto de entrada de ajuda humanitária para Gaza, à devolução desses corpos à Cruz Vermelha.

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