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Israel pediu trégua após sofrer retaliação dolorosa do Irã

Autoridades israelenses se preocupam com os efeitos da paralisação do país diante da reação implacável do Irã à guerra de agressão lançada por Israel

Equipes de resgate e segurança trabalham em local afetado após ataque retaliatório de mísseis do Irã, em Tel Aviv - 22/06/2025 (Foto: REUTERS/Tomer Appelbaum)
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247 - Abalado pelos ataques retaliatórios iranianos, Israel pretende encerrar sua agressão militar à República Islâmica em breve e transmitiu a mensagem aos Estados Unidos, de acordo com três autoridades israelenses, informou a agência Reuters nesta segunda-feira (23). 

"De acordo com outras duas autoridades, os líderes israelenses estão tentando elaborar uma estratégia de saída precisa para concluir a campanha e acabar com os ataques de mísseis e drones do Irã, a fim de evitar que os ataques do tipo 'olho por olho' paralisem o país", escreveu a agência. 

Outra fonte informada sobre o assunto disse que os militares sinalizaram que estavam perto de atingir seus "objetivos".

Nas primeiras horas do último domingo (22, horário local), os Estados Unidos bombardearam três instalações nucleares iranianas em Natanz, Fordow e Isfahan. Após o ataque, o presidente Donald Trump afirmou que Teerã “precisa agora aceitar encerrar esta guerra” ou enfrentará consequências muito mais sérias.

Enquanto isso, após os bombardeios, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que os Estados Unidos estavam dispostos a retomar negociações nucleares com o Irã “já amanhã”.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, respondeu dizendo que “a porta da diplomacia deve estar sempre aberta, mas agora... não é o caso”. Ele acusou os EUA de traírem os esforços diplomáticos e reafirmou o compromisso do Irã com a proteção de sua segurança e de seus interesses.

Em resposta aos ataques dos EUA, mais cedo nesta segunda-feira, o Irã atacou a Base Aérea Al Udeid, dos EUA, no Catar. 

Israel lançou, nas primeiras horas de 13 de junho (horário local), a operação em grande escala chamada Leão em Ascensão contra o Irã, acusando o país de conduzir um programa nuclear militar secreto. A força aérea israelense realizou várias ondas de ataques em todo o território iraniano, inclusive na capital Teerã, matando alguns altos oficiais militares iranianos e diversos cientistas nucleares. Algumas instalações nucleares, como Natanz e Fordow, também foram atingidas por Israel. 

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como um crime e ameaçou Israel com um “destino amargo e terrível”. Em retaliação, Teerã lançou na noite do mesmo dia a operação Promessa Verdadeira 3, atingindo alvos militares dentro do território israelense.

O Irã nega que seu programa nuclear tenha fins militares. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não encontrou evidências concretas de que o Irã esteja desenvolvendo ativamente armas nucleares, afirmou o diretor-geral Rafael Grossi em 18 de junho. Avaliações da inteligência dos EUA chegaram à mesma conclusão, de que o Irã não está buscando armas nucleares de forma ativa, segundo informou a CNN em 17 de junho, citando fontes familiarizadas com o tema. (Com agências). 

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