Israel confirma ataque ao Ministério da Defesa do Irã e instalações nucleares em Teerã

247 - O governo de Israel confirmou neste sábado (14) que conduziu uma série de bombardeios aéreos contra alvos estratégicos na capital do Irã, incluindo o Ministério da Defesa e infraestruturas associadas ao programa nuclear iraniano. 

A informação foi divulgada por meio de comunicado das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e repercutida pela imprensa local, como reportado inicialmente pelos portais The Times of Israel e Jerusalem Post.

De acordo com os militares israelenses, os ataques atingiram, entre outros, a sede da chamada “SPND”, um projeto vinculado ao desenvolvimento nuclear da República Islâmica. A ofensiva teria também destruído depósitos de combustível e outros locais classificados como "instalações que impulsionam os esforços do regime iraniano para obter uma arma nuclear".

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou as ações, classificando-as como parte de uma missão “para eliminar a ameaça dupla que o Irã representa ao Estado de Israel” — referindo-se tanto ao programa nuclear quanto ao arsenal de mísseis balísticos do país persa. Em um pronunciamento em vídeo, afirmou: “Muito em breve, vocês verão aviões da Força Aérea de Israel sobre os céus de Teerã. Atingiremos cada alvo pertencente ao regime dos aiatolás”.

Ofensiva declarada e retaliações cruzadas

Ainda na noite de sábado (14), antes dos bombardeios, o premiê israelense havia dito que “Israel abriu caminho até Teerã” e que tudo estaria “sobre a mesa”, caso os ataques iranianos contra cidades israelenses prosseguissem. “Vamos atingir cada local, cada alvo do regime dos aiatolás — tudo o que experimentaram até agora será nada comparado ao que sentirão nos próximos dias”, advertiu.

Horas depois, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, publicou uma mensagem direta na plataforma X (antigo Twitter), afirmando: “Teerã está queimando”. A declaração veio pouco após autoridades iranianas confirmarem a destruição de dois grandes depósitos de combustível na capital.

O mesmo Katz já havia alertado no sábado que, caso o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, continuasse autorizando ataques com mísseis contra o território israelense, “Teerã queimaria”.

Tensão entre ofensiva e dissuasão

Embora um alto funcionário israelense tenha declarado que não há, neste momento, um “objetivo declarado de mudança de regime” no Irã, ele também afirmou que “tudo está sobre a mesa”, deixando em aberto a possibilidade de intensificação da guerra.

A atual ofensiva de Israel ocorre em meio a um novo ciclo de hostilidades iniciado por uma série de lançamentos de mísseis do Irã contra cidades israelenses, incluindo Haifa. Ainda não há informações precisas sobre o número de vítimas nos ataques a Teerã, e tampouco o governo iraniano forneceu uma resposta detalhada até o momento.

O cenário indica um novo e perigoso estágio de confronto direto entre os dois países, com potencial para desestabilizar toda a região do Oriente Médio.