HOME > Mundo

Israel assassinou mais de 18 mil estudantes palestinos em 21 meses de genocídio

Relatório do Ministério da Educação palestino denuncia mais de 49 mil vítimas entre alunos e funcionários da educação mortos e feridos na Palestina

Israel assassinou mais de 18 mil estudantes palestinos em 21 meses de genocídio (Foto: Hatem Khaled/Reuters)
José Reinaldo avatar
Conteúdo postado por:

247 - As consequências devastadoras do genocídio de Israel contra os territórios palestinos voltam a chocar a comunidade internacional. Em novo relatório divulgado nesta terça-feira (8), o Ministério da Educação e Ensino Superior da Palestina revelou que mais de 18 mil estudantes foram assassinados pelas forças israelenses desde outubro de 2023. A informação foi publicada pela agência Prensa Latina.

Segundo os dados oficiais, 18.243 estudantes perderam a vida e outros 31.643 ficaram feridos em consequência dos ataques israelenses em Gaza e na Cisjordânia ao longo de 21 meses de conflito. A esmagadora maioria das vítimas está concentrada na Faixa de Gaza, onde 18.103 estudantes foram mortos e 26.264 ficaram feridos. Na Cisjordânia, os números também são alarmantes: 140 mortos e 927 feridos.

O levantamento aponta ainda a morte de 928 professores e funcionários do setor educacional, além de 4.452 feridos e 199 detidos pelas autoridades israelenses. O relatório evidencia o impacto direto da guerra sobre a estrutura educacional palestina, que se tornou alvo constante de bombardeios e ações militares.

O Ministério detalha que pelo menos 252 escolas públicas e universidades foram destruídas em Gaza, incluindo 91 instituições ligadas à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). Na Cisjordânia, mais de 150 escolas foram atacadas, entre elas oito universidades.

As cifras revelam um padrão de violência sistemática contra o setor educacional palestino, que afeta diretamente o direito à educação e ameaça o futuro de toda uma geração. Ao destruir escolas, universidades e assassinar estudantes e educadores, Israel é acusado por organizações internacionais de violar convenções fundamentais do direito internacional humanitário.

Os ataques a instituições educacionais configuram, segundo especialistas, crimes de guerra, pois atingem populações civis protegidas e violam princípios básicos da Convenção de Genebra. Organismos de defesa dos direitos humanos têm alertado que as ações militares de Israel não distinguem alvos civis de alvos militares, e que a juventude palestina tem sido particularmente afetada.

A denúncia divulgada pelo Ministério da Educação soma-se a diversos relatórios da ONU, da UNRWA e de ONGs internacionais como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, que vêm alertando para o colapso das condições de vida nos territórios palestinos e o impacto desproporcional da guerra sobre mulheres, crianças e civis indefesos.

Ainda assim, o governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mantém sua ofensiva militar com o apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem bloqueado sucessivas resoluções no Conselho de Segurança da ONU pedindo cessar-fogo e proteção aos civis palestinos.

Enquanto a comunidade internacional discute respostas, os números crescentes de mortos, feridos e instituições destruídas revelam a brutalidade de uma ofensiva militar que já ultrapassa os limites da tragédia humanitária. A juventude palestina, ao mesmo tempo vítima e símbolo de resistência, continua sendo alvo de uma campanha de extermínio que atinge o coração do direito à educação e à dignidade.

❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Cortes 247

Relacionados

Carregando anúncios...
Carregando anúncios...