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Irã e aliados apresentam resolução para impedir ataques a instalações nucleares

Documento busca reforçar o TNP e condenar ataques recentes dos EUA e Israel contra instalações iranianas

Esmail Baqai, porta-voz iraniano (Foto: Hispan TV)

247 - O Irã, em conjunto com aliados estratégicos, apresentou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) um projeto de resolução que proíbe ataques contra instalações nucleares. A medida tem como objetivo defender a integridade do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e fortalecer garantias internacionais de segurança.Segundo a reportagem da Hispan TV, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baqai, anunciou na rede social X que o documento foi elaborado em parceria com China, Rússia, Venezuela, Nicarágua e Bielorrússia. O texto estabelece que todos os países devem se abster de qualquer forma de ataque ou ameaça contra locais nucleares submetidos às salvaguardas da AIEA.

Defesa do direito à energia nuclear pacífica

Baqai ressaltou que a iniciativa reafirma “o direito inalienável de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos” e exige “garantias efetivas contra qualquer ataque ou ameaça de ataque”. O porta-voz também destacou que a proposta responde a ataques recentes contra instalações nucleares iranianas, realizados por Israel e pelos Estados Unidos.

“Esses princípios devem ser respeitados. É hora de a comunidade internacional agir firmemente para impedir a normalização da ilegalidade”, declarou Baqai.

Ataques e tensões internacionais

De acordo com o relato, em 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva contra o Irã que resultou na morte de mais de mil pessoas, incluindo cientistas nucleares e civis. Dias depois, os Estados Unidos intensificaram o conflito ao bombardear três instalações nucleares pacíficas sob supervisão da AIEA, em violação à Carta da ONU e ao TNP.

Em resposta, Teerã lançou a Operação True Promise III, considerada uma das maiores ofensivas militares de sua história. O Irã disparou centenas de mísseis e drones contra alvos israelenses em territórios ocupados e contra a maior base norte-americana na região, o que levou à imposição de um cessar-fogo em 24 de junho.

Pressão diplomática e críticas à AIEA

O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohamed Eslami, já havia denunciado o que chamou de “dois pesos e duas medidas” da AIEA diante do ataque israelense. Ele pediu que a agência adote uma legislação internacional clara para proibir agressões contra instalações nucleares protegidas.

A resolução apresentada agora busca consolidar esse movimento diplomático, garantindo que episódios semelhantes não se repitam e reforçando a necessidade de proteção a programas nucleares pacíficos em todo o mundo.

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