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Irã denuncia parcialidade do G7 e exige responsabilização de Israel por ataques

Porta-voz do governo iraniano critica omissão dos países do G7 diante da agressão israelense

Reunião de líderes do G7 no Canadá (Foto: Reuters)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – O governo do Irã reagiu com veemência à declaração emitida pelos líderes do G7, acusando o grupo de potências ocidentais de omitir as agressões cometidas por Israel contra o território iraniano e sua população. A denúncia foi feita nesta terça-feira (18) por Esmaeil Baqaei, porta-voz oficial do governo iraniano, por meio de sua conta na rede social X (antigo Twitter). As declarações foram divulgadas pela agência iraniana Tasnim News.

“O comunicado dos líderes do G7 ignorou de forma reveladora a agressão flagrante de Israel contra o Irã e os ataques ilegais à nossa infraestrutura nuclear pacífica, bem como a destruição indiscriminada de áreas residenciais e o assassinato de nossos cidadãos”, afirmou Baqaei. Ele destacou ainda que as nações do G7, especialmente aquelas que ocupam assentos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas, têm “a responsabilidade legal e moral” de agir diante de tais violações.

Ao longo de sua manifestação, o porta-voz iraniano reiterou que os ataques de Israel violam o artigo 2(4) da Carta das Nações Unidas, que proíbe o uso ou ameaça de força contra a integridade territorial ou independência política de qualquer Estado. “Israel lançou uma guerra de agressão não provocada contra o Irã e atacou instalações nucleares do país, desrespeitando as normas do direito internacional”, declarou.

Baqaei também chamou atenção para a magnitude dos danos provocados pelas ofensivas israelenses: “Centenas de pessoas inocentes foram mortas, instalações públicas e governamentais foram demolidas brutalmente, residências foram destruídas e hospitais e centros de saúde tornaram-se alvos”, denunciou. “O Irã está se defendendo de uma agressão cruel. O Irã realmente tem outra escolha?”

Desde o dia 13 de junho, forças iranianas vêm realizando ataques retaliatórios com mísseis contra alvos israelenses, após a primeira série de bombardeios promovida por Israel contra território iraniano, que resultou na morte de altos comandantes militares, cientistas nucleares e civis, incluindo 45 mulheres e crianças.

Na conclusão de sua nota, Baqaei exigiu uma ação imediata do Conselho de Segurança da ONU: “Os membros do Conselho de Segurança não podem falhar com os princípios fundamentais das Nações Unidas. Devem, e têm a obrigação de AGIR AGORA, para deter o agressor e evitar novas atrocidades”. Ele também exortou o G7 a abandonar a “retórica unilateral” e reconhecer o verdadeiro foco da escalada: “A agressão de Israel”.

As declarações do governo iraniano intensificam a pressão diplomática internacional e reacendem o debate sobre a responsabilidade de atores globais diante de ações militares contra países soberanos. O silêncio do G7 e a omissão do Conselho de Segurança da ONU, até o momento, colocam em xeque a credibilidade das instituições multilaterais no cumprimento da Carta das Nações Unidas.

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