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Flotilha Global Sumud entra em alerta máximo após ameaças de Israel

Ativistas relatam aumento da presença militar israelense no Mediterrâneo e alertam para possível interceptação da missão humanitária em direção a Gaza

Flotilha Global Sumud (Foto: Reuters/Bruna Casas)

247 - A flotilha internacional Global Sumud, que navega pelo Mediterrâneo em direção à Faixa de Gaza, declarou estado de “alerta máximo” após identificar a aproximação de navios israelenses e o sobrevoo constante de drones militares na região. 

Os mais de 500 ativistas que participam da missão denunciam que se encontram em uma zona de alto risco, marcada por ataques e interceptações em expedições anteriores.

Segundo a Telesur, que recebeu informações diretamente dos organizadores, os barcos da missão humanitária foram abandonados pela cobertura naval da Espanha, Itália e pelo drone de vigilância da Turquia, e agora seguem sozinhos rumo à zona em que pode ocorrer a interceptação. A iniciativa tem caráter pacífico e busca romper o bloqueio marítimo imposto por Israel desde 2007, além de chamar a atenção para a crise humanitária em Gaza, agravada pelo genocídio desde outubro de 2023.

Ativistas denunciam ameaças e tentativas de intimidação

O ativista espanhol Néstor Prieto relatou que navios da Marinha israelense se aproximam para interceptar a flotilha, localizada a cerca de 130 milhas náuticas da costa de Gaza. Ele informou que protocolos de emergência já foram ativados:“Estamos em alerta máximo. A atividade de drones está aumentando sobre a flotilha”, disse Prieto.

“Protocolos de interceptação de emergência foram ativados em todos os navios da Flotilha Global Sumud”.

De acordo com o cientista político e jornalista, a imprensa israelense indica que forças especiais podem ser mobilizadas para uma operação “navio por navio”, com risco de prisão para aproximadamente 500 ativistas. Ainda assim, ele ressaltou que a situação permanece sob controle. .

Isolados em mar aberto

Em outra declaração, Prieto destacou que a flotilha perdeu o respaldo logístico de embarcações militares estrangeiras.

“O apoio fornecido pelas corvetas e navios militares mobilizados pela Espanha, Itália e Turquia não é mais eficaz. Neste momento, nos encontramos navegando sozinhos com 45 navios, a bordo dos quais há 497 pessoas de 46 nacionalidades”, afirmou.

A coalizão humanitária também denunciou interferências nas comunicações e classificou as ações de Israel como tentativas de “desestabilização psicológica”. Yasmin Agar, integrante da administração da flotilha, reforçou as acusações, enquanto Shireen Abu Akleh alertou sobre as dificuldades em manter contato entre os barcos.

Missão humanitária sob ameaça

Os ativistas insistem que a flotilha tem caráter exclusivamente pacífico, reunindo médicos, jornalistas, parlamentares e defensores dos direitos humanos de 46 países. Financiada por doações, a missão tem como objetivo denunciar as consequências do bloqueio imposto por Israel e a crise humanitária em Gaza.

Apesar das ameaças, os organizadores afirmam que seguirão navegando até seu destino. A comunidade internacional acompanha com atenção o desenrolar da situação, que pode resultar em um novo episódio de confronto direto entre forças israelenses e ativistas internacionais.

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