Família Trump lança ofensiva empresarial global e amplia fortuna; especialistas veem conflitos de interesse nas ações
Iniciativas envolvem financiamento árabe, empreendimentos hoteleiros em países parceiros e mineração de bitcoin
247 - Nos últimos dias, os filhos mais velhos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — Eric Trump e Donald Trump Jr. — intensificaram suas atividades empresariais em diversos continentes, promovendo empreendimentos imobiliários de alto padrão e iniciativas no setor de criptomoedas que beneficiam diretamente o presidente. As informações são do The New York Times.
Eric Trump lidera a Trump Organization, que anunciou recentemente projetos como o Trump International Hotel and Tower em Dubai, um empreendimento de US$ 1 bilhão com unidades à venda por até US$ 20 milhões. Além disso, firmou parceria com a empresa saudita Dar Global para desenvolver um resort de golfe e vilas de luxo em Doha, Qatar, em colaboração com a estatal Qatari Diar.
Paralelamente, Donald Trump Jr. realizou uma turnê pela Europa Oriental, incluindo visitas à Hungria, Romênia, Sérvia e Bulgária, onde participou de eventos empresariais e políticos. Na Sérvia, encontrou-se com o presidente Aleksandar Vučić para discutir um novo hotel em Belgrado, projeto que também envolve Jared Kushner, genro de Trump.
No setor de criptomoedas, os irmãos Trump estão à frente da World Liberty Financial, empresa que lançou o stablecoin USD1, apoiado por ativos como títulos do Tesouro dos EUA. Recentemente, a empresa anunciou que o fundo estatal dos Emirados Árabes Unidos, MGX, utilizará o USD1 para investir US$ 2 bilhões na exchange Binance. A World Liberty Financial é controlada majoritariamente pela família Trump, que detém 60% da empresa e recebe 75% das receitas das vendas de tokens.
Além disso, Eric e Donald Jr. lançaram a American Bitcoin, uma empresa de mineração de criptomoedas em parceria com a Hut 8, visando tornar-se uma das maiores mineradoras de Bitcoin do mundo.
Essas iniciativas empresariais têm gerado críticas de especialistas em ética e legisladores, que apontam para possíveis conflitos de interesse entre os negócios da família Trump e as políticas do governo dos EUA. Apesar das preocupações, a Casa Branca afirmou que não há questões éticas, pois os negócios são administrados pelos filhos do presidente.
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