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EUA negociam acesso a minerais raros da República Democrática do Congo em troca de apoio militar contra ofensiva de rebeldes

EUA estão abertos a parcerias no setor de minerais críticos da RDC, mesmo diante do conflito no país, conhecido por sua riqueza em minerais raros

Trabalhadores em um poço aberto da mina de coltan SMB perto da cidade de Rubaya, no leste da República Democrática do Congo, em 13 de agosto de 2019 (Foto: REUTERS/Baz Ratner)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - Os Estados Unidos estão em discussões exploratórias com a República Democrática do Congo (RDC) sobre um possível acordo que garantiria acesso a minerais raros, essenciais para a indústria de tecnologia e defesa dos EUA. 

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou ao Financial Times que os Estados Unidos estão abertos a parcerias no setor de minerais críticos da RDC, desde que alinhadas à agenda econômica da administração Trump. “Os Estados Unidos estão abertos a discutir parcerias neste setor que estejam alinhadas com a agenda America First da administração Trump”, declarou.

O possível acordo poderia "criar empregos altamente qualificados" e "integrar o país nas cadeias de valor regionais e globais", disse a autoridade. 

Além disso, os EUA poderiam auxiliar no treinamento das forças armadas congolesas se empresas americanas receberem direitos para explorar os metais de terras raras da RDC—um movimento estratégico, considerando a batalha contínua do país contra a insurgência do movimento armado M23, apoiado por Ruanda.

EUA E EUROPA PRESSIONAM RUANDA - Após o fracasso dos esforços de mediação sob os auspícios de Angola, o M23 retomou sua ofensiva no leste da RDC. Autoridades congolesas acusam Ruanda de apoiar os rebeldes para lucrar com o contrabando de minerais raros e exigem a retirada de suas tropas do território congolês. 

Como resposta, alguns países europeus, como Alemanha e Reino Unido, suspenderam a ajuda financeira a Kigali. Em 20 de fevereiro, os EUA impuseram sanções a um ministro de Estado de Ruanda e a um porta-voz do M23 devido aos seus papéis na escalada do conflito no leste do Congo. A nota criticou a "agressão" cometida pelos rebeldes "apoiados por Ruanda". Ruanda, por sua vez, nega todas as acusações.

No final de janeiro, o M23, apoiado no terreno por tropas do país vizinho, tomou Goma, a maior cidade do leste da RDC, e, em meados de fevereiro, assumiu o controle de Bukavu, capital da província de Kivu do Sul. (Com agências). 

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