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Dois anos de genocídio: Lula condena assassinato de mulheres e crianças por Israel em Gaza

Presidente também criticou ataque do Hamas em território israelense em 7 de outubro de 2023

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas à violência na Faixa de Gaza, classificando como genocídio o assassinato de mulheres e crianças promovido por Israel. A declaração ocorreu nesta quarta-feira (8), durante a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), realizada em Luziânia (GO).

Lula destacou que a destruição de vidas inocentes é a consequência mais grave das guerras, lembrando também as vítimas do ataque do Hamas em Israel, em outubro de 2023. “Você vê nas guerras a facilidade que eles têm de destruir casas, de destruir ponte que você levou uma vida inteira para fazer. De destruir ferrovias… E o mais grave: destruir vidas, que não têm retorno. O que você vai fazer com as milhares de mulheres que morreram na Faixa de Gaza? Mulheres e crianças inocentes. O que você vai fazer com as pessoas que foram assassinadas pelo Hamas em Tel Aviv? Essas vidas você não recupera”, afirmou o presidente.

"Ninguém pode dar lição ao Brasil sobre clima"

O discurso de Lula ocorreu em meio à programação da conferência infantojuvenil, que reúne jovens de todo o país para debater questões ambientais e apresentar propostas que serão levadas à COP30, em Belém. O presidente aproveitou a ocasião para relacionar a destruição causada pelas guerras com os efeitos devastadores sobre o meio ambiente.

Segundo ele, a juventude brasileira está à frente na conscientização política e climática. “Quero que os presidentes estrangeiros saibam o grau de maturidade política do nosso jovem. Quero que eles saibam o grau de maturidade climática que tem nosso jovem. Porque tem muito presidente que não tem noção de quanto gás de efeito estufa uma bomba solta no planeta”, disse.

Lula também ressaltou que o Brasil tem se empenhado em liderar o debate climático global. “Ninguém pode dar lição ao Brasil sobre clima. Não somos donos da verdade. Não sabemos tudo. Não podemos tudo. Mas não tem ninguém fazendo mais do que nós com a dedicação que estamos fazendo”, afirmou.

Juventude no centro da COP30

A 6ª CNIJMA conta com cerca de 800 participantes, entre estudantes de 11 a 14 anos, professores e representantes de todos os estados brasileiros. As propostas elaboradas serão apresentadas no Balanço Ético Global, documento que integrará a agenda oficial da COP30, marcada para novembro de 2025 em Belém.

De acordo com o Ministério da Educação, a mobilização deste ano envolveu 8.732 escolas em 2.307 municípios, incluindo instituições em áreas de risco socioambiental, indígenas, quilombolas e escolas que atendem estudantes com deficiência.

O evento é organizado pelos ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

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