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China rechaça pressão dos EUA sobre países da América Central por laços com Pequim

Pequim acusa Washington de usar restrições de visto como forma de coerção política e violação do direito internacional

China rechaça pressão dos EUA sobre países da América Central por laços com Pequim (Foto: CGTN)

247 - O governo chinês reagiu com firmeza às recentes medidas impostas pelos Estados Unidos contra países da América Central que mantêm relações diplomáticas e comerciais com Pequim, informa a Telesur. Segundo o veículo, Pequim apresentou um protesto formal a Washington, classificando as restrições de visto impostas pelo governo norte-americano como um ato de assédio e uma violação das normas do direito internacional.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, criticou duramente as sanções e pressões norte-americanas, afirmando que os Estados Unidos colocam suas leis internas acima das regras globais. “As ações dos EUA são um exemplo claro de assédio e violam os princípios de igualdade soberana e de não interferência nos assuntos internos de outros Estados”, declarou Jiakun.

O diplomata destacou que as sanções unilaterais impostas por Washington “minam os direitos e interesses legítimos de outras nações”, além de se basearem em “acusações maliciosas e infundadas” sobre o comércio entre a China e os países da América Central.

Jiakun também condenou o uso de vistos como instrumento de pressão, afirmando que tal prática “não intimidará aqueles que apoiam a causa justa nem prejudicará os laços florescentes entre a China e os países da América Central”. O porta-voz acrescentou que essa postura de Washington “apenas expõe a arrogância e o preconceito profundamente enraizados de certas autoridades americanas”.

Por fim, o representante chinês reafirmou o compromisso de Pequim com a cooperação regional, afirmando que a China continuará sendo uma “boa amiga e parceira” das nações centro-americanas. Segundo ele, o objetivo é fortalecer a construção de uma comunidade entre a China, a América Latina e o Caribe baseada em um “futuro compartilhado”.

O aumento da presença diplomática e comercial chinesa na América Central tem provocado uma resposta cada vez mais agressiva de Washington, que busca limitar o avanço da influência de Pequim na região. As medidas incluem a aplicação de restrições de visto e sanções contra autoridades e empresários centro-americanos que ampliaram sua cooperação com a China.

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