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China rebate tarifas adicionais dos EUA e reforça postura firme na guerra comercial

Ministério das Relações Exteriores da China enfatizou que Pequim tomaria as ações necessárias para proteger seus direitos e interesses legítimos

Lin Jian (Foto: MRE da China)

247 - O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, criticou na última quarta-feira a decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa adicional de 10% sobre as importações chinesas, com a justificativa relacionada à questão do fentanil. Segundo o Global Times, Lin expressou a forte oposição de Pequim à medida e enfatizou que a China tomaria as ações necessárias para proteger seus direitos e interesses legítimos. Segundo ele, "não há vencedor na guerra comercial, guerra tarifária", destacando que pressões e ameaças à China não surtirão efeito.

A China, afirmou Lin, pede que os Estados Unidos "corrijam suas práticas errôneas" e resolvam as questões pendentes por meio de "consultas iguais", com o objetivo de restaurar a estabilidade nas relações bilaterais. Ele também afirmou que a estratégia dos EUA de transferir a culpa para outros não resolverá a crise, especialmente a questão do fentanil, que, segundo o porta-voz, é "um problema dos EUA, e a raiz do problema está nos próprios EUA".

Ao comentar sobre a cooperação antidrogas entre China e Estados Unidos, Lin destacou que a China tem sido "um dos países mais duros do mundo no combate aos narcóticos" e que, nos últimos anos, ambos os países realizaram avanços significativos, especialmente nas áreas de controle de substâncias e troca de informações. No entanto, Lin criticou a postura dos EUA, que desconsideram esses progressos ao insistir nas tarifas como resposta ao problema do fentanil. "A China deplora firmemente e se opõe a essa medida", afirmou.

Como resposta a essas tarifas, a China anunciou na terça-feira novas tarifas adicionais sobre produtos originários dos Estados Unidos, que entrarão em vigor a partir de 10 de fevereiro. Entre os produtos afetados estão carvão, gás natural liquefeito, petróleo bruto, máquinas agrícolas, automóveis de grande deslocamento e caminhonetes, com tarifas variando entre 10% e 15%. A decisão é vista como uma represália às tarifas impostas pelos EUA, continuando a escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Lin concluiu que a solução para a crise do fentanil nos EUA passa por uma redução da demanda doméstica por drogas e um fortalecimento da cooperação policial, sem a necessidade de transferir responsabilidades para outros países.

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