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"China pode continuar comprando petróleo do Irã", diz Trump após cessar-fogo

"Espero que eles também comprem bastante dos EUA", afirmou Donald Trump

(Foto: Reuters)
Guilherme Levorato avatar
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247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (24) que a China está livre para continuar adquirindo petróleo do Irã, após a trégua firmada entre israelenses e iranianos com mediação norte-americana. A declaração foi publicada por Trump em sua rede social Truth Social, um dia após o anúncio do cessar-fogo, informa o Metrópoles.

Segundo o presidente norte-americano, o entendimento alcançado entre Irã e Israel, após 12 dias de confrontos, abre caminho para que o fluxo comercial seja retomado. "A China agora pode continuar comprando petróleo do Irã. Espero que eles também comprem bastante dos EUA. Foi uma grande honra para mim tornar isso possível", escreveu Trump em sua postagem.

Conflito e trégua - O cessar-fogo entre Israel e Irã foi anunciado na segunda-feira (23) e entrou em vigor na madrugada de terça (24), encerrando quase duas semanas de tensão deflagrada após ofensiva israelense contra o programa nuclear iraniano. Apesar da formalização do acordo, o clima permanece instável.

Ainda na manhã do primeiro dia de trégua, o exército israelense afirmou que o Irã teria disparado dois mísseis, fato que Teerã nega. Em resposta, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que as Forças de Defesa do país (IDF) reajam "energicamente" caso novas violações ocorram. O cenário indica que o acordo pode ser frágil.

Petróleo e tensões no Estreito de Ormuz - No centro dessa disputa também está o petróleo. De acordo com dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), o Irã é o nono maior produtor do mundo, com uma média de 1,5 milhão de barris por dia. Já o Estreito de Ormuz, por onde passa boa parte dessa produção, é uma das rotas mais estratégicas do planeta.

Segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA, cerca de 20 milhões de barris de petróleo cruzaram diariamente o estreito em 2024, representando aproximadamente 20% do consumo global de líquidos derivados de petróleo. A possibilidade de fechamento do estreito, frequentemente levantada por autoridades iranianas em momentos de tensão, preocupa a comunidade internacional por afetar severamente o abastecimento global.

Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, fez um apelo direto a Pequim. Em entrevista ao canal Fox News, Rubio disse: “peço ao governo chinês que converse com eles sobre este assunto, já que dependem em grande medida do Estreito de Ormuz para seu fornecimento de petróleo”.

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