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Casa Branca acusa Partido Democrata de tentar manter governo em paralisia após e-mails sobre Trump e Epstein

Publicação dos documentos coincide com a votação para encerrar shutdown, e governo fala em “ataque coordenado” para criar narrativa falsa contra presidente

Donald Trump e Jeffrey Epstein (Foto: Reuters | Reprodução )

247 - A Casa Branca acusou, nesta quarta-feira (12), o Partido Democrata de manipular a divulgação de e-mails ligados ao financista e criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein para prejudicar o presidente Donald Trump e desviar a atenção do fim da paralisação do governo federal. 

Os e-mails, publicados por parlamentares democratas do Comitê de Supervisão da Câmara, citam Trump em mensagens nas quais Epstein afirma que o então empresário “sabia sobre as meninas” vítimas de abuso e teria “passado horas em casa” com uma das jovens — cujo nome foi mantido em sigilo.

A revelação ocorre no mesmo dia em que a Câmara dos Representantes deve votar o acordo que pode pôr fim ao shutdown federal, que já dura 43 dias. Para a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, a coincidência não é acidental.

 “Não há coincidências em Washington, e não é coincidência que os democratas tenham vazado esses e-mails para a imprensa liberal justamente nesta manhã, antes de os republicanos reabrirem o governo”, afirmou Leavitt em coletiva, de acordo com a agência Sputnik.

Segundo ela, os e-mails “não provam absolutamente nada além do fato de que o presidente Trump não fez nada de errado”. Leavitt acusou os democratas de tentarem “manter o país em paralisia política” e “criar um falso enredo” para desgastar o governo.

E-mails e disputas no Congresso

Os documentos divulgados fazem parte de trocas de mensagens entre Epstein, o escritor Michael Wolff e a socialite britânica Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice do financista — atualmente presa e cumprindo pena de 20 anos por tráfico sexual de menores.

Em uma das mensagens, datada de 2019, Epstein escreve que Trump “sabia sobre as meninas, pois pediu a Ghislaine que parasse”. Outro e-mail, de 2011, cita o presidente em um suposto encontro na casa do financista.

Os democratas alegam que os e-mails reforçam a necessidade de liberar todos os registros não classificados do caso Epstein. “Quanto mais Donald Trump tenta esconder os arquivos de Epstein, mais descobrimos”, disse o deputado Robert Garcia, do Partido Democrata. “Esses novos e-mails levantam sérias questões sobre o que a Casa Branca ainda está ocultando e sobre a natureza da relação entre Epstein e o presidente.”

Tensão política e fim do shutdown

Enquanto o escândalo ganha força, o governo tenta encerrar a paralisação federal mais longa da história recente dos EUA. Segundo Leavitt, há “grande esperança” de que o bloqueio seja encerrado ainda nesta noite.

 “Graças aos republicanos, o presidente Trump está pronto para assinar o acordo que vai finalmente encerrar essa devastadora paralisação provocada pelos democratas”, declarou a porta-voz.

Em meio à polêmica, Leavitt também negou que o presidente cogite conceder perdão a Ghislaine Maxwell, parceira de Epstein. “Isso não está em discussão nem sendo considerado neste momento”, afirmou.

Epstein foi encontrado morto em uma cela em Nova York, em 2019, em um aparente suicídio, enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual de menores. 

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