Brasileiros buscam ajuda para deixar o Irã após bombardeios israelenses
Ao menos oito pessoas já pediram apoio à embaixada em Teerã; saída por terra até o Azerbaijão é alternativa considerada segura pelas autoridades
247 - Ao menos oito brasileiros procuraram a Embaixada do Brasil em Teerã, capital iraniana, em busca de apoio para deixar o país, que está sob bombardeios israelenses desde a semana passada.Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o diplomata Felipe Flores Pinto, responsável pelo posto como encarregado de negócios, a evacuação dos cidadãos brasileiros deve ocorrer por meio do Azerbaijão, rota já utilizada por cidadãos de outras nacionalidades, como russos, mexicanos e argentinos.
“Estamos começando a ir atrás para contratar ônibus e providenciar os trâmites”, afirmou Flores. A estratégia considera a restrição aérea vigente no Irã, o que torna o transporte terrestre a única via viável até o momento. Os brasileiros devem seguir até Baku, capital do Azerbaijão, de onde poderiam embarcar em voo rumo ao Brasil. Além da logística de transporte, ainda é necessária a autorização do governo do Arzeibajão para a entrada e o trânsito temporário desses brasileiros em seu território.
Ainda de acordo com a reportagem, a embaixada estima que até 200 brasileiros residam atualmente no Irã. Entre os oito que solicitaram auxílio consular, estão duas mulheres em viagem turística, um jogador de futebol, dois técnicos de handebol de areia — incluindo o treinador da seleção brasileira, Antônio Guerra Peixe — e três atletas de luta greco-romana e luta livre, esportes nos quais o Irã é referência.
Inicialmente, a embaixada cogitou organizar a evacuação pela Turquia. No entanto, a cidade de Tabriz, que fica no caminho para Istambul, foi alvo de ataques israelenses, inclusive no aeroporto militar local. Há ainda relatos de que a fronteira com a Turquia enfrenta congestionamento devido ao fluxo de iranianos que tentam escapar do conflito, uma vez que o país não exige visto de entrada.
Apesar da escalada dos ataques, o diplomata afirma que os brasileiros estão em situação de relativa segurança, uma vez que os bombardeios israelenses, até o momento, não atingem de forma indiscriminada todos os bairros da capital nem têm como alvo direto a população civil.
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