Autoridades brasileiras devem deixar Israel nesta segunda-feira
No total, pelo menos 41 representantes brasileiros permanecem em Israel, aguardando a definição de uma rota segura para retorno ao Brasil
247 - O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, afirmou neste domingo (15) que parte da comitiva de autoridades brasileiras que se encontra em Israel será escoltada pelas Forças de Defesa israelenses até a Jordânia na manhã de segunda-feira (16), destaca o jornalista Valdo Cruz em sua coluna no g1.
Segundo Viana, o contato com os representantes israelenses ocorre sem a mediação do Itamaraty, por conta de “dificuldades” nas relações diplomáticas entre os dois países. “A posição do governo brasileiro, inclusive, prejudica e atrasa as negociações para a retirada das comitivas brasileiras que se encontram em solo israelense”, declarou o senador mineiro.
De acordo com ele, a expectativa é que 13 autoridades estejam entre os primeiros a serem conduzidos para fora da zona de conflito. No total, pelo menos 41 representantes brasileiros permanecem em Israel, aguardando a definição de uma rota segura para retorno ao Brasil. Nem o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) nem a embaixada de Israel confirmaram até agora as informações repassadas por Viana.
Em nota, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, informou que o governo da Jordânia já se prontificou a oferecer segurança para recepcionar os brasileiros que eventualmente entrem no país por vias terrestres, desde que a passagem seja autorizada por Israel.
“A ministra Gleisi ligou neste domingo para o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião. Informou que o governo da Jordânia já disponibilizou segurança para recebê-los na fronteira, caso Israel autorize a viagem por terra com segurança”, disse o comunicado oficial.
No sábado (14), o grupo parlamentar presidido por Carlos Viana divulgou uma nota criticando duramente o governo brasileiro e manifestando apoio ao Estado de Israel, em meio aos ataques conduzidos pelo Irã. A manifestação classificou como “indignante” a conduta do Palácio do Planalto.
“Causa indignação a postura do atual governo do Brasil, que, mais uma vez, escolhe se alinhar aos que disseminam o terror, em vez de se posicionar firmemente ao lado das nações livres e democráticas”, diz a nota assinada por Viana.
Ainda conforme a reportagem, a Comissão de Relações Exteriores do Senado, presidida por Nelsinho Trad (PSD-MS), está monitorando a situação das autoridades brasileiras em áreas de conflito. Na noite de sexta-feira (13), o colegiado elaborou um levantamento com os nomes das autoridades que ainda aguardam retorno e encaminhou solicitação de apoio logístico à Força Aérea Brasileira (FAB) para viabilizar a repatriação.
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