HOME > Mundo

Após protestos, Meloni diz que não é contra o reconhecimento da Palestina

A primeira-ministra, de extrema direita, anunciou que apresentará uma moção ao Parlamento do seu país sobre o reconhecimento do Estado palestino

Giorgia Meloni (Foto: REMO CASILLI / REUTERS)

247 - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta terça-feira (23) que não é contrária ao reconhecimento de um Estado da Palestina, mas que devem ser cumpridas duas condições: a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a exclusão do grupo islâmico de um futuro governo. Milhares de manifestantes se mobilizam no país europeu em solidariedade à Faixa de Gaza.

“Não me oponho ao reconhecimento da Palestina, mas devemos estabelecer prioridades”, disse Meloni à imprensa italiana em Nova York (EUA), onde ocorre a Assembleia Geral da ONU - Organização das Nações Unidas. 

A primeira-ministra, do partido Irmãos da Itália, anunciou que, junto com os parceiros de sua coalizão que têm maioria no Parlamento, apresentará uma moção. “A maioria do governo apresentará uma moção para declarar que o reconhecimento da Palestina deve estar condicionado a duas condições: a libertação dos reféns e, naturalmente, a exclusão do Hamas de qualquer dinâmica governamental na Palestina”, continuou ela, de acordo com declarações retransmitidas pela televisão na Itália.

“Eu, pessoalmente, continuo considerando que o reconhecimento da Palestina, na ausência de um Estado que não tenha os atributos da soberania, não resolve o problema nem produz resultados tangíveis para os palestinos”.

Cenário global

Países como França, Austrália, Canadá, Portugal, e Reino Unido também reconheceram o Estado Palestino, mas, além do valor simbólico, do reconhecimento, ainda estão faltando medidas práticas contra o genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza, onde, segundo autoridades locais, mais de 65 mil palestinos morreram vítimas dos ataques israelenses desde outubro de 2023.

Uma equipe jurídica da África do Sul denunciou Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ). O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas a ofensiva israelense foi sendo implementada com morte e bloqueio de ajuda humanitária para as pessoas que tentam sobreviver em Gaza.

Artigos Relacionados

Carregando anúncios...