Agência da ONU denuncia novas ameaças de Israel
UNRWA alerta para cortes de água e luz e possível confisco de terrenos usados em serviços essenciais a refugiados palestinos
247 - A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) soou o alarme nesta semana diante de uma série de medidas propostas por Israel que, se aprovadas, podem prejudicar seriamente suas atividades humanitárias na Cisjordânia ocupada. A informação é da Agência Palestina de Notícias WAFA.
Segundo o comunicado, o parlamento israelense discute sobre a interrupção do fornecimento de água e eletricidade às instalações da UNRWA, além de possibilitar a tomada de terras utilizadas pela agência, especialmente em Sheikh Jarrah e Qalandia, localidades estratégicas para as operações da entidade.
As ameaças ocorrem apenas dois meses após o fechamento forçado de seis escolas da UNRWA em Jerusalém Oriental ocupada, afetando diretamente o acesso à educação de centenas de crianças palestinas.
A situação se agravou em 15 de julho, quando o ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, anunciou formalmente o corte dos serviços básicos — como água e energia elétrica — às sedes da agência. De acordo com o site israelense ICE, Cohen justificou a decisão com base em acusações de que a UNRWA teria envolvimento na operação “Inundação de Al-Aqsa”, deflagrada em 7 de outubro. “A medida visa interromper as atividades da organização direcionadas a Israel”, afirmou o ministro.
Entre as propriedades ameaçadas estão o escritório central da UNRWA na Cisjordânia, situado em Sheikh Jarrah, e o Centro de Treinamento de Qalandia, próximo ao campo de refugiados homônimo. Essas unidades desempenham papel vital na oferta de serviços educacionais, médicos e assistenciais à população palestina deslocada.
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