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Com inspiração no TSE, governo Lula busca acordo com big techs para conter fake news sobre o RS

AGU quer criar um canal direto de comunicação com as plataformas para denunciar conteúdos desinformativos

Com inspiração no TSE, governo Lula busca acordo com big techs para conter fake news sobre o RS (Foto: Freepik)

247 - O governo Lula (PT) está tomando medidas para lidar com a disseminação de desinformação em meio às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. Inspirado nos esforços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022 para combater fake news durante as eleições, o governo busca firmar acordos de intenções com as grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, informa a Folha de S. Paulo.

A Advocacia-Geral da União (AGU) lidera o movimento, propondo a criação de um canal direto de comunicação entre o governo e as plataformas digitais. A ideia é enviar diretamente para as empresas posts identificados como desinformativos, para que elas possam analisar e, se necessário, tomar medidas como a remoção do conteúdo.

Similar aos memorandos voluntários firmados com a Justiça Eleitoral, a decisão sobre a remoção de conteúdo permanece sob a alçada das plataformas, baseada em suas próprias políticas. Não está prevista, até o momento, nenhuma punição para o descumprimento dos termos do eventual acordo.

A proposta inicial sugere que as plataformas tenham um prazo de 12 horas para responder aos pedidos do governo, embora isso ainda possa mudar ao longo das negociações. O objetivo principal é priorizar a moderação de conteúdo relacionado às enchentes no Rio Grande do Sul, considerando o estado de calamidade.

Apesar de a AGU não ter divulgado a íntegra da proposta, espera-se que o documento final seja construído com base em sugestões das empresas, visando um consenso. Uma das medidas em consideração é a classificação do conteúdo como desinformação, em parceria com agências de checagem, embora os detalhes sobre como isso será implementado ainda não tenham sido definidos.

A reunião que discutiu essas medidas ocorreu na última sexta-feira (10) e contou com a participação de representantes do governo, incluindo membros da Secretaria de Comunicação, do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. Por parte das empresas de tecnologia, estiveram presentes Google, YouTube, TikTok, Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Kwai, Linkedin e Spotify. O antigo Twitter, agora denominado X, também esteve presente, embora não tenha se pronunciado durante o encontro.

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