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Brasil lidera aliança internacional contra crimes ambientais

Iniciativa lançada pela ministra Marina Silva reúne países da América Latina, África e Caribe em combate conjunto contra crimes ambientais

Marina Silva (Foto: Rogério Cassimiro/MMA)

247 - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou nesta terça-feira (4) a criação da Coalizão pela Ação Multilateral contra os Crimes que Afetam o Meio Ambiente, uma aliança internacional para fortalecer o combate aos crimes ambientais em escala global. 

O anúncio ocorreu durante a abertura da quarta Cúpula Global Anual da United for Wildlife, realizada no Rio de Janeiro, promovida  pela The Royal Foundation, organização fundada em 2013 pelo Príncipe William. A iniciativa busca unir governos, organizações internacionais, entidades da sociedade civil e o setor privado na criação de protocolos comuns para prevenir e punir práticas que ameaçam ecossistemas e comunidades locais.

Objetivo é fortalecer a cooperação global

Durante seu discurso, segundo o Estadão Conteúdo, Marina Silva enfatizou que o sucesso na luta contra crimes ambientais depende da colaboração entre as nações. “Essa coalizão reflete a consciência de que enfrentar os crimes ambientais exige ação multilateral efetiva, baseada em cooperação, confiança e solidariedade internacional”, afirmou a ministra.

Ela também destacou a importância de avançar na construção de instrumentos legais internacionais. “O avanço de um marco jurídico, no âmbito da Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional — a Convenção de Palermo —, é um avanço essencial”, completou.

Países participantes e metas da coalizão

De acordo com a reportagem, a Coalizão pela Ação Multilateral reúne África do Sul, Bolívia, Colômbia, Peru, São Tomé e Príncipe, Gabão, Panamá, República Democrática do Congo e Suriname, além do Brasil. Juntos, esses países pretendem fortalecer mecanismos de investigação conjunta, intercâmbio de informações e aprimorar a cooperação técnica internacional.

Marina reforçou a necessidade de uma estrutura jurídica robusta para conter as redes criminosas. “Sem uma base legal e sólida, não será possível combater de forma eficaz as redes criminosas que atuam contra a nossa biodiversidade, contaminam nossos rios e exploram povos indígenas e populações locais”, alertou.

Coalizão será consolidada até a COP31

A ministra informou que o objetivo é consolidar os resultados da coalizão até a Conferência das Partes (COP31), prevista para outubro de 2026. “Esperamos que esta mobilização global avance até a Conferência das Partes, prevista para outubro de 2026”, declarou.

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