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“A Margem Equatorial é um marco para o Brasil”, diz Magda Chambriard

Presidente da Petrobras comemorou licença para perfuração na região

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a recente licença para perfuração na Margem Equatorial representa um passo estratégico para garantir o futuro da companhia e ampliar as reservas de petróleo do Brasil. A declaração foi feita durante a abertura da OTC Brasil, realizada nesta segunda-feira (28) no Centro do Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Globo

A executiva ressaltou que o projeto é resultado de anos de estudos e debates ambientais, e que a empresa pretende atuar com responsabilidade e foco em sustentabilidade.

“Não há futuro para uma empresa de petróleo sem exploração. A reposição de reservas é vital para a Petrobras. A licença na Margem Equatorial é um marco importante para o Amapá e para o Brasil. Estamos abrindo novas fronteiras para aumentar a produção sustentável do país”, afirmou Chambriard.

A presidente lembrou que o potencial exploratório da região é discutido desde 2013 e que o novo poço representa um marco na política energética nacional. “Estamos confiantes de que vamos seguir em frente nesse desafio”, completou.

Produção sustentável e competitividade

Durante o evento, Chambriard também comentou sobre o cenário global do petróleo, marcado pela queda dos preços internacionais — atualmente em torno de US$ 64 por barril, após meses de retração. Segundo ela, esse contexto impõe um desafio à indústria e exige da Petrobras uma gestão cada vez mais eficiente.

“Os desafios aumentam com o cenário de preço do petróleo. É um momento de queda dessa commodity, o que exige eficiência e comprometimento com resultados sustentáveis”, disse a presidente, destacando que a empresa revisita seu portfólio e prioriza projetos de maior retorno.

Ela reforçou ainda que a competitividade é fruto de um esforço conjunto, que depende de um ambiente regulatório estável e de parcerias sólidas com o setor privado.

“A competitividade não se faz sozinha. É uma construção coletiva. Contamos com parceiros que nos oferecem preços competitivos, soluções tecnológicas e eficiência operacional”, afirmou.

O papel do pré-sal e as novas fronteiras

O diretor executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, também destacou a relevância de investir em novas áreas de exploração. Ele lembrou que o pré-sal, descoberto em meados dos anos 2000, hoje é responsável por mais de 75% da produção nacional de petróleo.

“Se não tivéssemos feito a descoberta do pré-sal, seríamos hoje importadores. É nesse contexto que lançamos a nova aventura de buscar reservas em terra e no mar, como nas bacias da Margem Equatorial, com enorme responsabilidade”, disse Ardenghy.

Transição energética e o futuro da estatal

Magda Chambriard reafirmou o compromisso da Petrobras em liderar a transição energética, ampliando investimentos em fontes renováveis e tecnologias de descarbonização, sem abrir mão da exploração responsável de petróleo.

“O sucesso do pré-sal nos dá a confiança de afirmar que faremos o mesmo com a transição energética. Vamos ser líderes nesse processo e cumprir todas as obrigações do Acordo de Paris”, declarou.

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