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      Atividade industrial no Brasil em dezembro iguala mínima do ano, mostra PMI

      Setor perdeu força diante da desaceleração da demanda e da fraqueza do real

      Funcionárias da indústria (Foto: Reprodução/CNI )
      Guilherme Levorato avatar
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      Reuters - O setor industrial brasileiro encerrou 2024 com perda de força e igualou o patamar mais baixo do ano diante da desaceleração da demanda e do peso da fraqueza do real, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI).

      O levantamento, compilado pela S&P Global e divulgado nesta quinta-feira, mostrou que o PMI caiu para 50,4 em dezembro, de 52,3 em novembro. Embora tenha permanecido acima da marca de 50 que separa de crescimento de contração, a leitura do mês marcou o nível mais baixo de 2024, igualando agosto.

      Dezembro foi marcado por expansões fracas nas encomendas à indústria e na produção, com ambas as taxas de crescimento sendo as mais fracas em quatro meses.

      A pesquisa citou poder de compra reduzido das famílias, o que restringiu as vendas em algumas fábricas.

      Além disso, as encomendas internacionais marcaram o segundo mês de quedas, devido principalmente à demanda mais baixa de clientes na Ásia, Mercosul e Estados Unidos.

      Com o enfraquecimento da demanda, as empresas restringiram a criação de empregos, e realizaram contratações no ritmo mais fraco desde agosto de 2023.

      Em relação à inflação, os participantes da pesquisa indicaram que a fraqueza do real contra o dólar elevou a carga de custo e os levou a elevar seus preços de venda.

      Em dezembro, o real sofreu forte desvalorização em relação ao dólar diante da desconfiança do mercado sobre o cenário fiscal brasileiro, batendo sucessivos recordes acima de 6 reais por dólar.

      As empresas relataram terem gastado mais com commodities, alimentos e frete, com a taxa de inflação de insumos acelerando em comparação com novembro.

      Com isso, as empresas elevaram novamente os preços de venda e a taxa de inflação chegou a um pico de três meses.

      Quando questionados sobre suas avaliações quanto às perspectivas de crescimento, cerca de 63% dos entrevistados mostraram-se otimistas, com expectativas de recuperação no investimento e na demanda, assim como de condições melhores no setor automotivo e abertura de novas fábricas.

      "Embora os fabricantes esperem um cenário econômico melhor em 2025, os dados revelaram uma leve perda de confiança. A taxa de juros atualmente elevada, e subindo, pode apresentar desafios para o investimento e o crescimento econômico, potencialmente levando as empresas a priorizar o gerenciamento de custos e a eficiência em detrimento da expansão", destacou Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia S&P Global Market Intelligence.

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