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China reage a ordem executiva de Trump sobre TikTok

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirma que negociação deve respeitar regras de mercado e leis chinesas

Guo Jiakun, porta-voz da chancelaria chinesa (Foto: Ministério das Relações Exteriores da China via CGTN)

247 – O Ministério das Relações Exteriores da China se pronunciou nesta sexta-feira (26) sobre a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assinar uma ordem executiva que acelera o plano para que investidores norte-americanos e globais adquiram as operações da TikTok nos EUA, atualmente controladas pela ByteDance. A informação foi publicada originalmente pelo jornal Global Times.

Segundo o veículo, a medida assinada por Trump busca atender a exigências de segurança nacional previstas em uma lei aprovada em 2024. O vice-presidente dos EUA, JD Vance, declarou que a joint venture resultante da transação teria valor estimado em cerca de 14 bilhões de dólares.

Posição oficial da China

Questionado durante coletiva de imprensa em Pequim sobre a avaliação financeira do acordo, o porta-voz Guo Jiakun afirmou que as autoridades chinesas já haviam divulgado informações sobre a estrutura básica do consenso que trata da questão TikTok. Ele destacou que esse material pode ser consultado publicamente.

Guo reiterou que a posição do governo chinês é clara e enfatizou que “a China respeita a vontade da empresa em questão e gostaria de ver negociações comerciais produtivas, em conformidade com as regras de mercado, que levem a uma solução em conformidade com as leis e regulamentos da China e que leve em consideração os interesses de ambas as partes”.

Ambiente justo para investidores

O porta-voz também ressaltou que cabe aos Estados Unidos garantir condições equitativas para companhias estrangeiras. “O lado norte-americano precisa fornecer um ambiente aberto, justo e não discriminatório para os investidores chineses”, afirmou.

O embate sobre o futuro da TikTok, que há anos enfrenta pressões políticas em Washington, ganha novo capítulo com a ordem executiva de Trump. O governo dos EUA justifica a medida com base em preocupações de segurança nacional, enquanto Pequim insiste na necessidade de respeito às regras de mercado e ao interesse das duas nações em manter relações comerciais estáveis.

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