Avião comercial desvia de bombardeiro militar e evita colisão nos EUA

247 - Um avião comercial da SkyWest Airlines evitou por pouco uma colisão com um bombardeiro B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos durante a aproximação ao aeroporto de Minot, em Dakota do Norte, na última quinta-feira (18).  As informações são  do jornal The Washington Post.

A aeronave fazia o voo 3788, partindo de Minneapolis para Minot, quando precisou realizar um grande desvio de rota, registrado pelo site FlightRadar. A manobra, segundo o piloto, foi necessária após a visualização repentina de um avião militar cruzando sua trajetória.“Levando em conta sua velocidade, era um avião militar. Não sei a que velocidade ele estava indo, mas era muito mais rápido [do que nós]. Achei que o mais seguro seria fazer um desvio”, declarou o piloto em áudio registrado e divulgado pela mídia local.

Ainda em contato com a torre de controle, ele demonstrou surpresa com a situação: “Peço desculpas por essa manobra agressiva. Fiquei surpreso. Isso não é normal de forma alguma.”

O episódio ocorreu em uma área onde operam simultaneamente o aeroporto civil de Minot e uma base aérea militar da Força Aérea. Em comunicado citado pelo Washington Post, a Força Aérea confirmou que um bombardeiro B-52 realizava um voo na região naquele dia.

A SkyWest informou que a aeronave aterrissou em segurança, após receber autorização da torre: “O voo 3788 da SkyWest, que fazia a rota entre Minneapolis e Minot no dia 18 de julho, aterrissou sem problemas em Minot após obter autorização da torre de controle, mas fez um desvio quando outro avião se tornou visível em sua trajetória. Estamos investigando este incidente.

]”Outro ponto que chama atenção no caso é que, segundo o relato do piloto, o aeroporto de Minot não conta com sistema de radar, o que obriga a torre de controle a operar visualmente.

O incidente não deixou feridos, mas levantou questionamentos sobre a segurança do tráfego aéreo em regiões compartilhadas por civis e militares, especialmente em aeroportos sem infraestrutura completa de monitoramento. Autoridades aeronáuticas norte-americanas devem investigar o ocorrido.