SAF do Fluminense prevê R$ 6 bilhões em investimentos

247 - O fundo que a Lazuli Partners estrutura para comprar a SAF do Fluminense promete um investimento de R$ 6 bilhões na equipe durante os próximos anos. No Brasil são 117 clubes que se tornaram Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A cifra bilionária será usada para a compra de jogadores e para a completa modernização do Centro de Treinamento de Xerém, em Duque de Caxias (RJ), onde as equipes de futebol das categorias de base fazem seus treinamentos. A informação foi publicada nesta sexta-feira (29) pela coluna de Lauro Jardim.

O Lazuli indicará o CEO e o diretor financeiro da SAF. O contrato será apresentado dentro de algumas semanas ao conselho do clube. A SAF sairá do papel se o quadro de sócios do clube aprová-lo. A previsão é que a votação ocorra entre dezembro e janeiro.

Nas Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), os clubes deixam de atuar como associações civis, privadas e sem fins lucrativos, passando a adotar um modelo empresarial. Diferentemente das associações, que não podem ser comercializadas e permanecem sob administração do quadro de sócios, a SAF possibilita a venda parcial ou integral da instituição para investidores.

No formato tradicional, a gestão é definida pelos próprios sócios, que elegem um presidente e os membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. Nessa estrutura, o conselho funciona como uma espécie de “Poder Legislativo” do clube, enquanto a diretoria exerce o papel de “Poder Executivo”. O mandato presidencial costuma variar de dois a quatro anos, podendo ou não prever reeleição.

Já no modelo de “clube-empresa”, a administração é conduzida por profissionais contratados pelos proprietários. A gestão passa a contar com especialistas em diferentes áreas, como CEO (diretor-geral), CLO (diretor jurídico), CFO (diretor financeiro), CMO (diretor de marketing) e diretor de futebol, responsáveis por funções estratégicas e operacionais da equipe.