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      Trump declarou guerra ao Brasil e governo Lula chega ao seu momento decisivo, diz Alysson Mascaro

      Jurista alerta que sanções de Trump contra Alexandre de Moraes são ato de guerra e exigem reação firme do Brasil

      (Foto: Divulgação )
      Dafne Ashton avatar
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      247 – O jurista e professor Alysson Mascaro fez uma análise contundente sobre a escalada de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, durante entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247. Ele classificou as recentes sanções impostas pelo governo do presidente Donald Trump contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como um ato de guerra que coloca o país em um ponto de inflexão política.

      Segundo Mascaro, a ofensiva norte-americana não mira apenas uma autoridade individual, mas o próprio Estado brasileiro. “Trump declarou guerra ao Brasil”, disse, alertando que o episódio marca o momento decisivo para o governo do presidente Lula.

      A escalada do conflito geopolítico

      Na entrevista, Mascaro destacou que o tempo da geopolítica costuma ser mais lento do que o da política interna, mas que o mundo atravessa uma fase de aceleração histórica. Ele lembrou que os Estados Unidos, em declínio hegemônico desde a crise de 2008, não conseguiram impedir o crescimento de potências como China e Rússia nem o fortalecimento de blocos como os BRICS.

      Para o jurista, as sanções ao Brasil e a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros simbolizam o uso do “porrete” do imperialismo, em substituição à política da “cenoura” – quando os EUA buscavam convencer aliados com incentivos econômicos e ideológicos. “Quando se abandona a cenoura e se parte para o porrete, é porque o império está em declínio”, afirmou.

      Desafio para Lula e a burguesia brasileira

      Mascaro observou que o momento exige do governo Lula uma decisão estratégica: enfrentar ou ceder às pressões externas. Ele apontou que a burguesia brasileira, historicamente submissa aos interesses dos Estados Unidos, pode buscar uma composição para preservar seus privilégios, mesmo diante do risco de prejuízos econômicos.

      O jurista também alertou que, se a escalada continuar, o Brasil poderá ser forçado a fortalecer laços com China, Rússia e países do Sul Global, construindo alternativas financeiras e comerciais fora da órbita do dólar e do sistema ocidental. “Se os Estados Unidos dobram a aposta, o Brasil terá de reorganizar sua soberania econômica e política”, concluiu. Assista: 

       

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