"Tiramos um Morumbi lotado por dia da insegurança alimentar", diz Wellington Dias
Ministro celebra saída do Brasil do mapa da fome e destaca impacto de programas sociais, inclusão produtiva e fortalecimento do Bolsa Família
247 – O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, celebrou a retirada do Brasil do mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU) e detalhou as ações que permitiram o feito. A entrevista foi concedida à TV 247, em transmissão pelo YouTube, e ressaltou tanto o impacto humanitário das políticas sociais quanto seus efeitos econômicos.
Segundo Dias, o país retirou 33 milhões de brasileiros da insegurança alimentar desde 2023, quando o presidente Lula retomou a coordenação nacional do combate à fome. O ministro comparou o avanço ao esvaziamento diário de um grande estádio de futebol.
“A cada dia a gente foi tirando um Morumbi de pessoas da insegurança alimentar. É alguém que amanhece o dia e não tem café, pão, leite para a criança. Isso nós encontramos em 33 milhões de pessoas em 2023”, disse o ministro.
A força do Bolsa Família e da inclusão produtiva
Dias explicou que o resultado decorre de uma ampla força-tarefa que combinou transferência de renda, segurança alimentar, educação e inclusão produtiva. O Cadastro Único e o Bolsa Família foram reestruturados para alcançar famílias antes excluídas e corrigir fraudes do período anterior.
Mais de 6,3 milhões de famílias passaram a receber benefícios e 50 milhões de crianças e adolescentes são hoje atendidos pela alimentação escolar. Programas como Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular e a política nacional de cuidados integram a estratégia de superação da pobreza.
O ministro destacou ainda o programa Acredita, voltado ao microcrédito com garantia pública e juros baixos, que estimula pequenos negócios e gera empregos.
“O Bolsa Família não substitui o salário. Ele é uma ajuda para que a pessoa se alimente, estude, busque emprego ou abra seu negócio. E o povo quer trabalhar: 98% dos novos empregos de 2024 vieram de pessoas do Cadastro Único”, afirmou Dias.
Avanço social que movimenta a economia
O ministro ressaltou que os resultados sociais também impulsionam a economia. Em 2023, o Brasil registrou 15 milhões de novos empregos, com forte participação de pequenos negócios, enquanto o consumo das famílias de baixa renda aqueceu o mercado interno.
O reconhecimento internacional veio em evento na Etiópia, onde autoridades da ONU e do Programa Mundial de Alimentos elogiaram o modelo brasileiro. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, copresidida pelo Brasil e pela Espanha, atestou que o país também ajudou o mundo a retirar 60 milhões de pessoas da fome em 2024.
“Decisão política faz a diferença. Quando o pobre entra no orçamento, ele abraça as oportunidades e movimenta a economia”, ressaltou o ministro, citando que Lula se declarou “o homem mais feliz do Brasil” após a conquista.
Próximos desafios
Apesar da vitória, Dias afirmou que a prioridade agora é superar a pobreza e ampliar a inclusão socioeconômica, transformando beneficiários em protagonistas do desenvolvimento.
“Nós queremos o Brasil entre os países mais desenvolvidos do mundo, mas com mais igualdade. O IDH já cresceu cinco posições e queremos seguir nessa direção com dignidade para quem mais precisa”, concluiu.
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