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      “Eduardo Bolsonaro é o novo Silvério dos Reis”, diz jurista

      Jurista compara filho de Bolsonaro ao traidor da Inconfidência por tramar contra o Brasil nos EUA

      (Foto: Agência Câmara/Arquivo Público de Minas Gerais/Reprodução)

      247 - O jurista e professor de Direito Constitucional Flávio de Leão Bastos afirmou que a atuação Eduardo Bolsonaro, articulando junto ao governo dos Estados Unidos para impor sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, é uma ação de traição à Pátria, comparável apenas à de Joaquim Silvério dos Reis, o delator da Inconfidência Mineira.

      “Desde Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, eu não pensaria em ver outro traidor do nosso país como Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro”, afirmou Flávio durante entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247. “Silvério dos Reis entregou o Brasil em troca do perdão de suas dívidas pessoais. Eduardo faz o mesmo, entregando a soberania nacional para salvar a própria família”, acrescentou.

      Flávio criticou o uso desviado da Lei Magnitsky — criada originalmente para punir torturadores e genocidas — agora aplicada contra autoridades do Judiciário brasileiro. “É um ataque à soberania do Brasil. É o maior ataque dos últimos 200 anos à nossa República”, denunciou.

      Segundo o jurista, a pressão feita pelo ex-presidente Donald Trump para interromper os processos judiciais contra Jair Bolsonaro configura interferência direta em um Poder da República e ameaça a independência do Judiciário brasileiro. “Não é um ataque militar, mas é um ataque frontal ao nosso sistema democrático”, afirmou.

      Flávio também destacou o papel geopolítico do Brasil nesse embate, lembrando que o país está no centro dos interesses econômicos globais, com vastas reservas de terras raras e água potável. Ele apontou que a ofensiva dos EUA tem também motivações econômicas e geoestratégicas, como o crescimento dos BRICS e o enfraquecimento da hegemonia do dólar.

      “A extrema-direita internacional está articulada. O Brasil é só o primeiro passo. Trump quer alinhar a América Latina aos seus interesses ideológicos e econômicos. Já há sanções sendo desenhadas contra outros países progressistas, como a Colômbia”, alertou.

      Ainda sobre Eduardo Bolsonaro, o jurista afirmou que atualmente é “impossível qualquer punição" a ele enquanto estiver fora do país. "O governo americano, de Trump, o adotou como aliado. E isso mostra que estamos diante de um conserto internacional da extrema-direita, que ameaça democracias no mundo todo”, frisou.

      Para Flávio, a resposta brasileira deve incluir ações judiciais nos Estados Unidos, recursos a tribunais internacionais e uma defesa firme da soberania. 

      “Soberania não se negocia. Essa é uma linha inegociável. E o Brasil precisa reagir com dignidade, não só para proteger suas instituições, mas para defender o seu povo”, concluiu.

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