“Belém vai dar um salto de 30 anos”, diz Jader Filho sobre COP 30
Infraestrutura, turismo e saneamento se transformam em legado para a Amazônia com investimentos bilionários, afirma Jader Filho
247 - A preparação de Belém para sediar a Conferência do Clima da ONU em 2025, a COP 30, já está redesenhando a capital paraense e promete impactar profundamente a vida da população local. Em entrevista ao programa Estúdio COP 30, exibido no YouTube, o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que as obras em curso representam uma transformação estrutural inédita na região Norte.
Segundo a reportagem publicada pelo canal, mais de R$6 bilhões em investimentos estão sendo aplicados em áreas como mobilidade, saneamento, turismo, habitação e segurança. “Belém deu um salto de 30 anos na sua história. O que estamos fazendo vai muito além de um evento de doze dias”, afirmou Jader Filho, visivelmente emocionado ao falar sobre sua cidade natal.
Infraestrutura urbana em ritmo acelerado
A capital paraense já recebe grandes obras, entre elas a ampliação do aeroporto internacional, que consumirá cerca de R$450 milhões, e a modernização do porto de Icoaraci, preparado para abrigar cruzeiros internacionais. Um novo sistema de transporte público também está em andamento: a renovação da frota de ônibus, com veículos elétricos e equipados com ar-condicionado e internet, além da retomada do BRT Júlio César, que ligará o aeroporto ao centro de Belém.
“Estamos entregando uma cidade mais moderna, conectada e preparada para receber o mundo. Essas obras não são maquiagem, são mudanças estruturais que vão permanecer para a população”, disse o ministro.
Saneamento e habitação no foco dos investimentos
Outro ponto central do legado é o saneamento básico. O governo retomou projetos antes paralisados, como a estação de tratamento de esgoto do Una, que atenderá 14 bairros de Belém e impactará 90 mil pessoas. Também foi iniciado o tratamento de esgoto do Ver-o-Peso, um dos mercados mais tradicionais do país.
Na área de habitação, o programa Minha Casa, Minha Vida promete entregar mais de 4 mil unidades na região metropolitana ainda em 2025. Algumas dessas construções atenderão comunidades ribeirinhas, com casas projetadas em madeira apreendida de operações contra o desmatamento ilegal.
Turismo, cultura e emprego em ascensão
A expectativa é que mais de 40 mil visitantes, de 198 países, passem por Belém durante a COP 30. Para fortalecer o setor, foi criada a primeira escola de turismo do Brasil, com foco em hospitalidade, educação ambiental e atendimento bilíngue. Além disso, a rede hoteleira local está sendo ampliada com novos empreendimentos privados de alto padrão.
“O mundo vai estar voltado para Belém. Nossa cultura, culinária e hospitalidade serão apresentadas em escala global, e isso vai gerar emprego, renda e novas oportunidades para a região amazônica”, afirmou Jader Filho.
Mobilidade fluvial e prevenção climática
A vocação hidrográfica da Amazônia também recebeu atenção. Estão sendo ampliados os terminais de Belém e de Icoaraci para facilitar a mobilidade fluvial, considerada essencial para comunidades do Marajó e regiões insulares.
O ministro destacou ainda que os investimentos em drenagem e contenção de encostas somam quase R$20 bilhões em nível nacional, com foco na prevenção de desastres climáticos que historicamente afetam as periferias. “Não podemos mais conviver com a lógica da omissão. A COP de Belém será a COP da virada: precisamos sair do discurso e partir para a execução”, disse.
Belém no centro do debate global
A candidatura de Belém foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda em 2022, durante a COP 27 no Egito, e confirmada em maio de 2023. Para Jader Filho, a escolha de uma cidade amazônica para sediar o encontro é simbólica: “Não há lugar melhor para discutir soluções para o planeta do que a Amazônia. Essa COP não será apenas a COP da floresta, mas também a COP das cidades”, concluiu.
Com investimentos que vão muito além do período do evento, Belém se prepara para entrar de vez no mapa internacional como vitrine da biodiversidade amazônica e modelo de transformação urbana. Assista:


