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      Tebet defende ferrovia bioceânica em parceria com a China

      Segundo a ministra, investimento em infraestrutura integrada é peça-chave para redução das desigualdades regionais: "isso não acontece apenas com rodovias”

      Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, voltou a destacar a importância estratégica da construção de uma ferrovia bioceânica que conecte o Brasil ao Pacífico por meio do Peru. O projeto, parte do acordo de cooperação firmado com a China, foi descrito pela ministra como uma resposta histórica à dívida do Estado brasileiro com as regiões do interior do país.

      “Assinamos um memorando de intenção com a China, que vai nos ajudar a elaborar um projeto para rasgar o Brasil numa ferrovia que vai lá da Bahia, passando pelo Centro-Oeste brasileiro, chegando ao Acre, para chegar no Peru, com o objetivo de chegar ao mercado asiático. É um processo fundamental”, afirmou Tebet em vídeo publicado pelo Canal Gov.

      Segundo a ministra, o investimento em infraestrutura integrada é peça-chave para a redução das desigualdades regionais. “Nós temos uma dívida histórica com o Brasil, uma dívida de interiorizar e levar desenvolvimento. Isso não acontece num país tão grande apenas com rodovias”, enfatizou.

      Conexão entre Atlântico e Pacífico

      A ferrovia faz parte de um amplo projeto de integração regional conhecido como Rotas de Integração Sul-Americana, coordenado pelo Ministério do Planejamento com apoio da Casa Civil e do Ministério dos Transportes. O eixo ferroviário interligará o porto de Ilhéus (BA) ao porto de Chancay, no Peru, cruzando estados como Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre.

      O traçado aproveita e amplia a malha já existente das ferrovias Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste), permitindo escoamento mais eficiente da produção nacional e fortalecendo a infraestrutura logística multimodal do país.

      Acordo Brasil-China e protagonismo geopolítico

      O memorando foi assinado no início de julho entre a Infra S.A., estatal vinculada ao Ministério dos Transportes, e o China Railway Economic and Planning Research Institute, maior empresa pública de planejamento ferroviário do mundo. A entidade será responsável por estudos técnicos aprofundados para viabilizar a nova malha ferroviária.

      O projeto é um dos pilares do acordo estratégico firmado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Xi Jinping, em 2024, que inclui também o Novo PAC, o Plano de Transformação Ecológica e o Nova Indústria Brasil.

      “O que fazemos aqui é buscar a expertise [da China] que complemente as necessidades brasileiras a partir do que foi planejado em nosso território”, explicou Tebet. A ministra destacou ainda que a integração logística não é apenas econômica, mas também diplomática: "Vamos facilitar o comércio não só do Brasil com nossos vizinhos e, com isso, nos aproximarmos do Pacífico, mas também o efeito vice-versa: vamos aproximar os vizinhos do Brasil, trazendo turistas para circular em nossas cidades e cargas para nossos portos no Atlântico".

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