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TCU diz que desoneração caiu em acomodação: "sem comprovação de que resultados valem a pena"

Política "obriga o governo a recorrer ao balcão da dívida", disse o ministro Vital do Rêgo

Tribunal de Contas da União (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

247 - O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), declarou nesta quarta-feira (12) que a desoneração da folha de pagamento atingiu um “estágio de acomodação”, não cumprindo mais seus objetivos iniciais e forçando o governo a buscar endividamento, informa a CNN Brasil.

Vital do Rêgo, relator das contas do governo de 2023 no TCU, destacou que o benefício fiscal concedido a setores econômicos está se mostrando ineficaz. Ele afirmou isso ao aprovar as contas do governo com ressalvas.

“Sem dúvida, o caso da desoneração da folha padece do mal comum aos gastos tributários em geral: causa a diminuição das receitas públicas, em situação de déficit fiscal, obrigando o governo a recorrer ao balcão da dívida, onde precisa pagar o alto preço dos encargos, sem que haja comprovação de que os resultados da política de incentivo valem a pena”, afirmou Vital do Rêgo.

“Não se nega que a política possa ter dado algum ganho no seu primeiro momento, porém, à medida que foi sendo prorrogada, passou para o estágio da acomodação”, concluiu o ministro do TCU.

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