‘Prévia do PIB’ registra queda de 0,5% em julho, diz Banco Central
Segundo o Banco Central, a perda de fôlego na atividade já era esperada diante da manutenção da taxa de juros em patamar elevado
247 - O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (15) e considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apontou retração de 0,5% em julho na comparação com junho. O indicador acumula o terceiro mês consecutivo de queda, após ajuste sazonal, que corrige variações típicas de cada período. As informações são do g1.
Segundo o Banco Central, a perda de fôlego na atividade já era esperada diante da manutenção da taxa de juros em patamar elevado. A autoridade monetária avalia que a desaceleração é parte da estratégia para reduzir pressões inflacionárias e garantir a convergência da inflação à meta oficial de 3%.
Estratégia de contenção da inflação
Na ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada em agosto, o Banco Central destacou que o chamado “hiato do produto” segue positivo. Isso significa que a economia ainda opera acima de seu potencial sem gerar pressões imediatas sobre a inflação. Mesmo assim, a instituição ressaltou que os dados apontam para uma moderação no crescimento, com sinais mistos entre setores e indicadores.
O BC reafirma que controlar o ritmo da atividade é um elemento necessário para reduzir as expectativas de inflação. O comportamento da economia é um dos principais fatores levados em conta nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
Diferença entre IBC-Br e PIB
Embora seja apelidado de “prévia do PIB”, o IBC-Br não substitui o cálculo oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do Banco Central considera estimativas para agropecuária, indústria, serviços e impostos, mas não abrange o lado da demanda, fundamental para o PIB do IBGE.
Ainda assim, o IBC-Br é usado como referência nas análises de política monetária. Em cenários de maior crescimento, a pressão inflacionária pode aumentar, o que reduz o espaço para cortes de juros. Já em períodos de desaceleração, como o atual, o ambiente tende a favorecer a queda das taxas.