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Preços do café se estabilizam em meio à disputa entre Brasil e EUA sobre tarifas

Com possível tarifa a partir de 1º de agosto, torrefadores correm para garantir estoques e Brasil promete retaliação

Café (Foto: Mohammad Khursheed / Reuters)
Luis Mauro Filho avatar
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LONDRES (Reuters) - Os preços mundiais do café se estabilizaram nesta terça-feira, após subirem na sessão anterior em um mercado volátil e com pouco volume, impulsionados pela ameaça dos EUA de impor tarifas de 50% sobre quase todas as importações do Brasil a partir de 1º de agosto.

O Brasil, maior produtor de café do mundo, disse que retaliará se as tarifas forem impostas e está buscando negociações com as empresas norte-americanas afetadas, além de pressionar suas próprias empresas a se coordenarem com as contrapartes dos EUA para ajudar a reverter as medidas.

Os EUA são o maior consumidor de café do mundo, e 33% do seu consumo vem do Brasil.

Torrefadores dos EUA estão correndo para garantir estoques locais antes da entrada em vigor da tarifa, e operadores disseram que o mercado está propenso à volatilidade, já que a incerteza elevada reduziu o volume de negociações.

Os contratos futuros de café arábica negociados na bolsa ICE, considerados uma referência global de preços, fecharam em baixa de 4,5 centavos, ou 1,5%, a US$2,9735 por libra-peso, com os investidores fazendo uma pausa depois de terem elevado os preços em 5,4% na sessão anterior.

Uma tendência de preço semelhante foi observada para o café robusta -- normalmente usado para fazer café instantâneo --, com os futuros negociados na ICE caindo 3,2%, para US$3.408 a tonelada, depois de terem subido 9,4% no fechamento da segunda-feira.

As tarifas, se implementadas, praticamente interromperiam os embarques de café brasileiro para os Estados Unidos, e o país não conseguiria se abastecer em outro lugar com volumes ou preços semelhantes, de acordo com fontes do comércio de café.

Já os contratos futuros do açúcar bruto na ICE subiram 0,26 centavos de dólar, ou 1,6%, a 16,56 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o açúcar branco subiu 5,4%, a US$494,10 por tonelada.

(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)

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