Lula reforça parceria estratégica com o Vietnã e propõe acordo de cooperação econômica com o Mercosul
Em encontro com o primeiro-ministro Pham Minh Chinh durante a Cúpula da ASEAN, presidente destacou metas de ampliar o comércio bilateral
247 – Durante reunião neste domingo (26), à margem da 47ª Cúpula da ASEAN, na Malásia, o presidente Lula encontrou-se com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, para discutir o fortalecimento da cooperação econômica e política entre os dois países. A informação foi divulgada pelo site oficial do governo federal (Planalto).
Lula relembrou os encontros anteriores com o premiê vietnamita — incluindo a reunião durante a Cúpula do BRICS, no Rio de Janeiro — e destacou que a frequência das conversas simboliza o “compromisso brasileiro de fortalecer a relação bilateral”. O presidente agradeceu os avanços na abertura do mercado vietnamita para produtos brasileiros, e reafirmou a meta de elevar o fluxo comercial entre os dois países para 15 bilhões de dólares até 2030.
Cooperação regional e comércio global
Ambos os líderes ressaltaram a importância de diversificar parcerias internacionais diante dos desafios atuais do comércio global. O primeiro-ministro Pham Minh Chinh manifestou interesse em estreitar relações com o Mercosul, e Lula declarou estar disposto a negociar um Acordo-Quadro de Cooperação Econômica entre o bloco e o Vietnã até o fim da presidência brasileira no Mercosul.
Agenda climática e COP30
O presidente também enfatizou a relevância da participação vietnamita de alto nível na COP30, que será realizada em Belém, destacando a necessidade de os países trabalharem juntos pela ampliação do financiamento climático e pela consolidação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
Pham Minh Chinh assegurou que o Vietnã apoiará as iniciativas ambientais e multilaterais lideradas pelo Brasil, incluindo o engajamento em propostas de reforma das instituições internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU.
Com o encontro, Brasil e Vietnã reforçam uma parceria estratégica voltada não apenas ao comércio, mas também à cooperação sustentável e à construção de uma ordem global mais justa e inclusiva.


