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      Ibovespa recua e fecha na mínima em mais de três meses com tarifas dos EUA

      Volume financeiro somou R$17,64 bilhões

      Painel de cotações na B3, em São Paulo 19/10/2021 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
      Bianca Penteado avatar
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      SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda pela terceira sessão seguida nesta segunda-feira, marcando uma mínima em mais de três meses em novo pregão com volume financeiro reduzido, sem sinais de mudanças nos planos dos Estados Unidos de adotar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir da sexta-feira.

      Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,04%, a 132.129,26 pontos, menor patamar de fechamento desde 22 de abril, tendo marcado 131.550,39 pontos na mínima e 133.901,70 pontos na máxima do dia.

      O volume financeiro somou R$17,64 bilhões, novamente abaixo das médias diárias do mês (R$20,58 bilhões) e do ano (R$24,26 bilhões).

      O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira ao presidente norte-americano, Donald Trump, que reflita sobre a importância do Brasil e negocie a imposição de tarifas comerciais ao país. Mas, diferentemente de outras nações com quem Washington tem negociado e fechado acordos, não há qualquer sinal de conversa.

      Na visão de analistas do BB Investimentos, o Ibovespa deve definir um rumo quando houver mais clareza em relação às tarifas, com o cenário atual também elevando no curto prazo a volatilidade de ações de empresas que exportam mais aos EUA, conforme relatório a clientes.

      Com o desempenho desta segunda-feira, o Ibovespa agora acumula uma queda de 4,84% no mês, distanciando-se dos recordes registrados no começo de julho, quando chegou a ultrapassar 141 mil pontos durante o pregão.

      Em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máximas após um acordo comercial entre os EUA e a União Europeia, com agentes também se preparando para uma semana decisiva com balanços, decisão do Federal Reserve e um prazo iminente para a imposição de tarifas.

      De acordo com a equipe do BB Investimentos, a temporada de resultados do segundo trimestre no Brasil também deve seguir influenciando as expectativas. Nesta semana, Bradesco, Santander Brasil, CSN, Vale, Ambev, entre outros, divulgam balanços.

      DESTAQUES

      - VALE ON caiu 0,97%, tendo como pano de fundo a queda dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações diurnas com declínio de 1,75%. Em dia negativo no setor, CSN fechou em baixa de 4,42%.

      - PETROBRAS PN valorizou-se 0,13%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, com barril do Brent, usado como referência pela estatal, fechando com ganho de 2,34%. A companhia anunciou corte do preço do gás natural para distribuidoras em 14%, em média, a partir de agosto.

      - ITAÚ PN caiu 2,1%, após dados do Banco Central mostrarem queda em concessões de crédito em junho e inadimplência na máxima desde 2018. BRADESCO PN recuou 0,77%, BANCO DO BRASIL ON perdeu 1,48% e SANTANDER BRASIL UNIT desvalorizou-se 0,38%.

      - BTG PACTUAL UNIT cedeu 2,21%, tendo no radar anúncio de que entrou no Uruguai com a aquisição das operações do HSBC no país por US$175 milhões (R$973 milhões), ampliando a presença na América Latina e reforçando a posição de maior banco de investimento na região.

      - MAGAZINE LUIZA ON caiu 4,27%, com analistas do Citi reiterando venda/alto risco para a ação e reduzindo o preço-alvo de R$7,70 para R$6,80, com corte na previsão para o lucro de 2026 em 19%. "Os ventos contrários à demanda persistem enquanto a concorrência online piora", afirmaram.

      - AMBEV ON perdeu 3,04%, tendo como pano de fundo resultado trimestral da Heineken, no qual a companhia citou queda de um dígito baixo no volume de cerveja no Brasil no primeiro semestre e declínio orgânico de um dígito médio na receita líquida. A Ambev reporta seus números na quinta-feira.

      - SÃO MARTINHO ON subiu 3,56%, com o JPMorgan reiterando "overweight" para a ação e estabelecendo em R$30 o preço-alvo do papel para o final de 2026, de R$28 para o final de 2025. "Parece barata demais para ser ignorada neste momento, especialmente considerando nosso otimismo em relação ao açúcar."

      - GRUPO ULTRA ON fechou em alta de 2,18%, mantendo o tom positivo do final da semana passada, quando analistas chamaram a atenção para dados de que a empresa ganhou participação de mercado em junho, e também com expectativa para o Programa Gás para Todos. VIBRA ON recuou 0,14%.

      - WEG ON fechou em alta de 2,03%, experimentando mais um dia de trégua em meio à pressão vendedora na esteira de preocupações com os efeitos das tarifas norte-americanas e do resultado abaixo do esperado do segundo trimestre. No mês, a ação acumula um declínio de 13,73%.

      - SÃO CARLOS ON <SCAR3.SA>, que não faz parte do Ibovespa, subiu 7,31%, após anunciar a venda de um portfólio de oito ativos de escritório por R$837,2 milhões para um novo fundo imobiliário.

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