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      Dólar cai na contramão do exterior e após retomada do decreto do IOF

      No ano a divisa acumula queda de 10,22%

      Notas de dólar 12/02/2018. (Foto: REUTERS/Jose Luis Gonzalez/Illustration/File Photo)
      Bianca Penteado avatar
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      SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a quinta-feira em queda ante o real, na contramão do avanço da moeda norte-americana no exterior e apesar de o STF ter restaurado a vigência do decreto do governo que elevou alíquotas de IOF em uma série de operações cambiais e de crédito.

      A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,24%, aos R$5,5477. No ano a divisa acumula queda de 10,22%.

      Às 17h04 na B3 o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,41%, aos R$5,5635.

      Pela manhã o dólar chegou a superar os R$5,60, acompanhando o avanço das cotações também no exterior após a divulgação de dados robustos da economia norte-americana.

      As vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,6% em junho, após queda não revisada de 0,9% em maio. Economistas consultados pela Reuters previam alta de apenas 0,1%. Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 7.000, para 221.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 12 de julho. Economistas previam 235.000 pedidos para a última semana.

      Na esteira dos números, o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$5,6111 (+0,90%) às 9h33, ainda na primeira hora de negócios.

      Com as cotações acima de R$5,60, alguns agentes aproveitaram para vender moeda, o que colocou o dólar em baixa ante o real, a despeito do exterior.

      O recuo também ocorria apesar de, na véspera, o ministro do STF do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ter concedido liminar que retoma a vigência da maior parte do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre uma série de operações.

      Relator do processo aberto pelo governo após o Congresso derrubar a elevação das alíquotas, Moraes determinou que continue suspenso apenas o trecho que aumentou o IOF sobre o chamado risco sacado, operação de antecipação de recebíveis por empresas.

      Com a decisão, voltaram a valer cobranças mais altas de IOF sobre operações de crédito de empresas, uma série de operações de câmbio e sobre aportes superiores a R$600 mil por ano em planos de previdência privada Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

      Ainda que seja uma boa notícia para a arrecadação do governo, a volta do decreto torna mais caras uma série de operações, pressionando a moeda norte-americana.

      Ainda assim, o dólar à vista atingiu a cotação mínima de R$5,5430 (-0,33%) na tarde desta quinta-feira.

      Entre os investidores, também esteve no radar as movimentações do governo para enfrentar a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

      O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo faça uma força-tarefa para encontrar os “pontos que estão pegando” na negociação tarifária com os EUA, para que o tema seja resolvido o mais rapidamente possível.

      Já o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse à CNN Brasil ter certeza de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversará com o presidente dos EUA, Donald Trump, se houver circunstância. Segundo ele, os dois líderes ainda não se encontraram por falta de oportunidade.

      No exterior, às 17h13 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,30%, a 98,642.

      Pela manhã, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional em operação de rolagem.

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