HOME > Economia

Dia do Bancário: entenda a origem da data

Comemoração resgata lutas históricas da categoria e destaca os desafios atuais para os bancários

Caixa Econômica Federal (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

247 - Nesta quinta-feira, 28 de agosto, é celebrado o Dia do Bancário, uma data que remonta às lutas e conquistas de uma categoria fundamental para o funcionamento do sistema financeiro e o desenvolvimento social e econômico do Brasil. A data, que neste ano marca o aniversário de 40 anos da primeira greve nacional dos empregados da Caixa Econômica Federal, é também um momento para refletir sobre a resistência, a união e as vitórias dos bancários ao longo das últimas décadas, destaca a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).

A história do Dia do Bancário começa em 1951, quando a categoria protagonizou uma das maiores greves da sua história. Por 69 dias, os trabalhadores enfrentaram perseguições, repressões e demissões, mas conquistaram um reajuste de 31% nos salários. Esse movimento foi crucial para a consolidação da organização sindical dos bancários e se tornou um marco para a classe trabalhadora de todo o Brasil. Em 1952, o 4º Congresso Nacional dos Bancários oficializou a data como o Dia do Bancário, que foi transformada em lei em 1964. Desde então, a data é um símbolo de resistência e união entre os profissionais da área.

De acordo com a Fenae, o Dia do Bancário deste ano assume um significado ainda mais profundo, pois marca o 40º aniversário da histórica greve nacional dos empregados da Caixa Econômica Federal, que aconteceu em 30 de outubro de 1985. Essa greve, que teve adesão em todo o país e durou 24 horas, foi decisiva para garantir a jornada de seis horas diárias de trabalho e o direito à sindicalização, vitórias que transformaram as condições de trabalho dos bancários brasileiros para sempre.

Sergio Takemoto, presidente da Fenae, ressalta que o Dia do Bancário é uma oportunidade para reconhecer o compromisso social e político dos trabalhadores da Caixa. "Foi na luta que conquistamos direitos fundamentais e aprendemos que a unidade é o único caminho. Graças a essa força coletiva, conseguimos manter a Caixa pública e vamos precisar dela hoje também para defender nossos direitos, nosso plano de saúde, nossa previdência e, principalmente, a missão social da Caixa", afirmou Takemoto.

Com 40 anos de experiência desde a primeira greve nacional, os bancários da Caixa hoje desempenham um papel estratégico no país, sendo responsáveis pela operacionalização de diversos programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família. Além disso, a categoria esteve na linha de frente durante a pandemia de Covid-19, quando foi incumbida de viabilizar o pagamento do auxílio emergencial a milhões de brasileiros, mesmo colocando suas vidas em risco.

A luta da categoria, no entanto, não termina nas vitórias históricas. Os desafios continuam. A Fenae destaca que a categoria segue na busca por melhores condições de trabalho, um aumento real nos salários, uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mais justa, mais contratações e a valorização permanente do papel social da Caixa Econômica Federal. Além disso, a luta pelo fortalecimento do Saúde Caixa e a defesa dos direitos dos trabalhadores da instituição seguem como prioridades.

Artigos Relacionados

Carregando anúncios...