CVM revê erro e conclui que controlador da Ambipar não terá que fazer oferta aos acionistas
Autarquia conclui julgamento e avalia que não houve anormalidade na valorização das ações da companhia; decisão dá mais segurança ao mercado de capitais
247 – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu, por maioria de votos, que o acionista controlador da Ambipar Participações e Empreendimentos S.A. não será obrigado a realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) por aumento de participação. A decisão, tomada na reunião do colegiado nº 27, realizada em 29 de julho de 2025, reverte entendimento anterior da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE), que havia exigido a oferta com base em uma suposta atuação conjunta entre a gestora Trustee e o controlador da companhia. Pela decisão divulgada nesta terça-feira, a CVM deixa claro que não houve conluio entre o empresário Tércio Borlenghi Júnior, controlador da Ambipar, o empresário Nelson Tanure, do fundo Trustee, e o Banco Master.
A informação foi publicada no informativo oficial da CVM, que registrou o voto de qualidade do presidente em exercício Otto Lobo e o voto favorável do diretor João Accioly. A deliberação acolheu os recursos apresentados pelas partes envolvidas e concluiu que não se configurou a hipótese prevista no artigo 30 da Resolução CVM nº 85/2022, afastando assim a obrigatoriedade de OPA. Foram vencidos na discussão o então presidente João Pedro Nascimento, que renunciou em 21 de julho, e a diretora Marina Copola, que já haviam se posicionado favoravelmente à exigência da oferta.
Suspense chega ao fim após meses de incerteza
A decisão encerra um período de grande expectativa no mercado, iniciado ainda em março, quando a SRE determinou a realização da OPA com base na elevação de participação acionária acima do limite de um terço das ações em circulação. Na ocasião, a Ambipar declarou que atuava “em total conformidade com a legislação vigente e com as normas regulatórias estabelecidas para o mercado”, e que buscaria as informações necessárias para tomar providências junto à CVM.
Com o encerramento da análise pela CVM, a expectativa agora é que a decisão traga maior previsibilidade ao mercado e reduza o grau de incerteza que envolvia os papéis das empresas de capital aberto.
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