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Café brasileiro volta a ter esperança após acenos de Trump

Além dos recentes acenos diplomáticos entre EUA e Brasil, um decreto de Trump sobre o tarifaço incluiu o grão entre produtos que podem ter alíquota zerada

Donald Trump e Lula (Foto: REUTERS)

247 - O setor cafeeiro brasileiro começa a enxergar uma saída para retomar o acesso ao mercado norte-americano. O otimismo ganhou força após dois movimentos recentes de Washington: um decreto que abre brecha para isenção da taxa e o gesto de aproximação entre Trump e o presidente Lula (PT) durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. A informação é do portal g1.

Assinado em 5 de setembro, um decreto de Trump sobre o tarifaço incluiu o café entre os produtos que podem ter alíquota zerada. A lista contempla itens que os EUA praticamente não produzem, como café e cacau, e reforça a dependência do país — maior consumidor mundial da bebida — de fornecedores estrangeiros.

O texto, no entanto, condiciona a isenção à assinatura de um acordo comercial bilateral. Para entidades do setor, como a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) e o Conselho de Exportadores de Café (Cecafé), esse detalhe torna ainda mais relevante a aproximação entre os dois presidentes.

"Química" diplomática anima o mercado

Em discurso na ONU, na última terça-feira (23), Trump elogiou Lula e disse ter tido uma “química excelente” com o brasileiro, revelando que ambos concordaram em marcar uma reunião na próxima semana. Ainda segundo o g1, a menção pública a um possível encontro foi suficiente para mexer com o mercado.

Antes do tarifaço, o Brasil era responsável por cerca de um terço do café consumido nos EUA e liderava as exportações para o mercado norte-americano. Com a cobrança de 50% em vigor desde agosto, os embarques sofreram queda vertiginosa.

Agora, produtores e exportadores aguardam os próximos passos da diplomacia. Um eventual acordo Lula–Trump não apenas devolveria competitividade ao café brasileiro nos EUA, mas também representaria um gesto político de reaproximação entre Brasília e Washington após meses de tensão.

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