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Ações fecham em baixa com incerteza tarifária

Trump disse que ele e autoridades do governo analisarão possíveis acordos comerciais nas próximas

Operador de mercado em Wall Street (Foto: Reuters)
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Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK (Reuters) - As ações norte-americanas caíram pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, com os comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, e do secretário do Tesouro, Scott Bessent, fornecendo pouca clareza sobre o cronograma para quaisquer acordos comerciais.

Trump disse que ele e autoridades do governo analisarão possíveis acordos comerciais nas próximas duas semanas para decidir quais serão aceitos. Além disso, Trump se reuniu com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, pela primeira vez, o que não produziu resultados imediatos.

Os comentários de Trump foram em outra direção das declarações anteriores de Bessent, que disse que o governo poderia anunciar alguns acordos comerciais já nesta semana.

"É tudo uma questão de negociar as tarifas e Trump fala como se fosse fazer um 'home run' aqui; ele ficará muito feliz se conseguirmos um campo de jogo mais nivelado", disse Tim Ghriskey, estrategista sênior de portfólio da Ingalls & Snyder em Nova York.

"Não acho que a UE será realmente fácil aqui, não acho que o Canadá também será fácil. Mas a China é o grande problema e, certamente, eles serão negociadores muito duros, e talvez tenhamos que seguir sozinhos sem a China por um tempo."

O Dow Jones caiu 0,95%, para 40.829,00 ponros, o S&P 500 perdeu 0,77%, para 5.606,90 pontos, e o Nasdaq Composite recuou 0,87%, para 17.689,66 pontos.

Os dados do Departamento de Comércio mostraram que as empresas aumentaram as importações de mercadorias em março, antes do anúncio das tarifas, levando o déficit comercial do país a um recorde de US$140,5 bilhões.

Na segunda-feira, Trump disse que anunciaria as tarifas sobre produtos farmacêuticos nas próximas duas semanas, seu mais recente anúncio em relação às taxas que abalaram os mercados financeiros globais nos últimos meses.

O setor de saúde, com queda de 2,8%, foi o de pior desempenho entre os 11 principais setores do S&P, com a Eli Lilly, com queda de 5,6%, e a Moderna, com queda de 12,3%, entre as maiores quedas.

Fabricantes de vacinas, como a Vertex Pharmaceuticals, que caiu 10%, sofreram pressão adicional depois que um email interno visto pela Reuters mostrou que a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla inglês) nomeou Vinay Prasad, um oncologista que já criticou a FDA e foi um crítico feroz das vacinas contra Covid-19 e dos mandatos de máscara, como diretor de seu Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica. 

As ações têm estado voláteis desde que Trump anunciou sua primeira rodada de tarifas em 2 de abril, com o S&P 500 caindo inicialmente quase 15%, apenas para se estabilizar e se recuperar brevemente para os níveis de antes do anúncio das tarifas.

A incerteza das tarifas prejudicou os dados sobre o humor do consumidor e muitas empresas retiraram suas perspectivas de lucro. Comentários de autoridades do Federal Reserve, incluindo o chair Jerome Powell, sugerem que o banco central será paciente antes de ajustar a política monetária até que o impacto das tarifas seja refletido nos dados econômicos.

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