Ponte do Grande Cânion de Huajiang impulsiona turismo e economia em Guizhou
Obra recebeu mais de 100 mil visitantes durante o feriado do Dia Nacional da China e o Festival do Meio do Outono
247 – A inauguração da Ponte do Grande Cânion de Huajiang, na província de Guizhou, sudoeste da China, tem gerado grande entusiasmo tanto entre os turistas quanto entre os moradores locais, informou o Diário do Povo.
Em seu primeiro feriado de grande circulação, durante o Dia Nacional da China e o Festival do Meio do Outono, a ponte atraiu mais de 100.000 visitantes, transformando a região em um novo ponto de interesse turístico. Com 625 metros de altura sobre o Rio Beipan, a ponte é a mais alta do mundo.
A obra, que foi aberta ao tráfego em 28 de setembro de 2025, tem um comprimento total de 2.890 metros. Antes da construção, atravessar o Grande Cânion de Huajiang significava uma viagem de duas horas. Agora, com a ponte, o tempo de deslocamento foi reduzido para apenas dois minutos.
O impacto da ponte vai além da facilidade de locomoção. Uma área de mais de 50 quilômetros quadrados ao redor da estrutura foi planejada para se tornar uma zona turística integrada. O projeto inclui atividades como parapente, bungee jumping, uma pista de alta velocidade e até um show de luzes em tela d'água.
As transformações sociais e econômicas provocadas pela ponte também estão afetando a dinâmica da população local. Liang Shaoyu, um aposentado de 72 anos, observa que, com a obra, a comunidade tem atraído novos empreendedores e até mesmo o retorno de jovens que antes tinham deixado a região. "Ela está reunindo nossa comunidade de uma forma que nunca imaginamos ser possível", comentou, destacando que, no passado, apenas caravanas de cavalos passavam pela área.
A província montanhosa de Guizhou, conhecida por sua paisagem cárstica irregular, sempre dependeu de pontes e túneis para conectar diferentes regiões. Hoje, a região conta com mais de 32.000 pontes em operação ou em fase de construção, número que representa um crescimento de dez vezes em comparação com a quantidade registrada na década de 1980.


