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PF define plano de segurança para a COP 30 em Belém

Operação da PF mobiliza 1.200 servidores para proteger delegações e garantir manifestações pacíficas

PF define plano de segurança para a COP 30 em Belém (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

247 - Desde o dia 1º de outubro, a Polícia Federal (PF) colocou em prática o plano operacional que garantirá a segurança da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará. O evento deve reunir um número recorde de delegações internacionais e consolidar o Brasil como um dos protagonistas do debate climático global.

De acordo com informações da Agência Gov, o planejamento da PF foi desenvolvido para equilibrar dois pilares fundamentais: a proteção das autoridades participantes e o respeito à liberdade de expressão durante um evento de grande relevância política e social. A operação se apoia em três eixos principais: diplomacia, liberdade de manifestação e logística reforçada.

Diplomacia e recorde de delegações

A COP 30 reunirá representantes de dezenas de países com agendas ambientais e econômicas diversas, o que exige da PF uma atuação diplomática e sensível às tensões geopolíticas. A estimativa é de que Belém receba o maior número de delegações estrangeiras já registrado em eventos climáticos organizados pela ONU no Brasil.

A operação inclui o acompanhamento de deslocamentos oficiais, segurança de chefes de Estado e a articulação direta com equipes de segurança internacionais, garantindo que todas as delegações possam atuar em um ambiente seguro e coordenado.

Liberdade de manifestação e convivência pacífica

A realização da conferência em Belém, após edições em países com restrições civis mais rígidas, destaca o papel do Brasil como espaço de liberdade e diálogo. A PF afirma que atuará para assegurar “uma convivência harmônica” entre autoridades, povos originários e movimentos sociais que estarão presentes no evento.

Serão estabelecidos perímetros de segurança e zonas específicas para manifestações públicas, de modo a proteger participantes e preservar o fluxo urbano da capital paraense, sem comprometer o direito constitucional à livre expressão.

Logística reforçada e operações especiais

A logística é considerada um dos pilares da operação. A Polícia Federal mobilizou cerca de 1.200 servidores, entre policiais e administrativos, para atuar em diferentes frentes. O plano inclui reforço na imigração, segurança portuária e aeroportuária, além de operações especiais no Porto de Outeiro — que receberá dois navios de cruzeiro — e na Base Aérea de Belém, principal ponto de chegada das autoridades.Equipes especializadas realizarão varreduras, contramedidas antibombas e monitoramento de ameaças cibernéticas, além de ações preventivas contra terrorismo. 

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