Investigação dirá se ameaça contra infraestrutura durante a COP30 partiu de facção, diz diretor-geral da PF
Andrei Rodrigues afirma que só a apuração mostrará se caso tem relação com o Comando Vermelho
247 - O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (7) que somente a investigação poderá esclarecer se a ameaça à Subestação Belém-Marituba, no Pará, partiu de integrantes do Comando Vermelho (CV) ou se foi um ato isolado.
Segundo Rodrigues, a PF instaurou um inquérito na última terça-feira (4) e trabalha em parceria com as polícias Civil e Militar do estado. “Só a investigação poderá apontar se foi um movimento isolado de dois oportunistas ou algum movimento de facção”, declarou o diretor-geral à CNN Brasil.
Inquérito foi aberto após alerta do Ministério da Justiça
A apuração começou depois que o Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu um relatório de inteligência enviado pela empresa Verene Energia S.A., responsável pelo contrato da subestação. O documento relatava episódios de coação e ameaças de ataque às obras de reforço da Subestação 500/230 kV Marituba, localizada na região metropolitana de Belém.
Segundo a empresa, as intimidações ocorreram em 30 de outubro, quando um homem se apresentou como integrante do Comando Vermelho e exigiu a paralisação das atividades. A investigação já identificou que dois indivíduos em uma motocicleta passaram pelo local afirmando pertencer à facção e tentando extorquir os trabalhadores. Apesar das ameaças, a obra continuou e o esquema de segurança permanece ativo.
PF, MJSP e forças estaduais atuam em conjunto
Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério da Justiça informou que, ao tomar conhecimento do caso, iniciou imediatamente a apuração e encaminhou o material aos órgãos competentes. Um relatório de inteligência foi produzido pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e distribuído à PF, à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e às forças de segurança do Pará.


