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"A COP traz muitas oportunidades de investimento", diz Alckmin

Presidente em exercício celebra matriz de energia limpa, novos acordos e diz estar otimista sobre negociação comercial com os EUA

Vice-presidente Geraldo Alckmin 14/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou que a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA), representa uma oportunidade única para o Brasil se consolidar como protagonista mundial em energia limpa e sustentabilidade. O evento deve reunir líderes de todo o planeta para debater políticas de combate às mudanças climáticas e transição energética.

“A COP traz muitas oportunidades de investimento, e o Brasil tem as melhores condições do mundo, porque temos a matriz mais limpa do planeta: 80% da nossa energia elétrica é renovável”, disse Alckmin em entrevista à TV Record nesta terça-feira (21).

Energia limpa e protagonismo ambiental

O presidente em exercício destacou que o Brasil é referência global em energia renovável, com uma matriz baseada em fontes como biocombustíveis, energia eólica, solar e hidrelétrica. Ele lembrou que o país é um dos três no mundo com capacidade para produzir Combustível de Aviação Sustentável (SAF) em larga escala — ao lado de Índia e Estados Unidos.

Alckmin também reafirmou o compromisso do governo em alcançar desmatamento ilegal zero até 2030, destacando avanços significativos na preservação ambiental. “A principal fonte de emissão no Brasil é o desmatamento. Já conseguimos reduzir em mais de 50%, e vamos cumprir a meta”, disse.

Transição energética e exploração da Margem Equatorial

Ao abordar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, Alckmin ressaltou que a transição para uma economia de baixo carbono é um processo gradual. “Você não faz a transição em cinco ou dez anos. O Brasil poderia amanhã não ter mais reservas e precisar comprar petróleo”, afirmou. Segundo ele, o Ibama adotou medidas rigorosas e a Petrobras seguiu todos os protocolos exigidos para realizar a prospecção de maneira segura e sustentável.

Avanço nas relações comerciais com os Estados Unidos

Alckmin avaliou positivamente as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e elogiou o diálogo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. “A conversa por telefone do presidente Lula com o presidente Trump foi muito positiva. No encontro em Nova Iorque, houve uma boa química”, comentou.

Ele destacou, ainda, que o comércio bilateral é vantajoso para ambos os países e que há espaço para ampliar os investimentos recíprocos. “Temos quatro mil empresas americanas atuando no Brasil, gerando empregos e crescimento econômico”, observou.

Setor tecnológico e novos acordos internacionais

Durante a entrevista, o presidente em exercício anunciou o lançamento do Redata, um programa criado para atrair data centers internacionais e impulsionar o setor de tecnologia.

Segundo ele, o Brasil reúne as condições ideais para sediar essas operações: energia limpa, abundante e renovável. Alckmin também mencionou os resultados da viagem à Índia, com acordos que envolvem a Embraer, a Petrobras e a Fiocruz, reforçando a cooperação econômica e tecnológica entre os dois países.

Defesa do multilateralismo e fortalecimento do Mercosul

O presidente em exercício reafirmou o compromisso do governo com o multilateralismo e o livre comércio. “Com o livre comércio, ganha a sociedade. Estimula a competitividade e beneficia o consumidor”, afirmou. Ele destacou os avanços recentes do Mercosul, com a entrada da Bolívia e novos acordos com EFTA, Singapura, Emirados Árabes e Canadá.

Isenção do Imposto de Renda e justiça fiscal

Por fim, Alckmin comemorou a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a redução das alíquotas para rendas médias. “É uma medida correta e neutra do ponto de vista fiscal. Quem ganha menos paga pouco ou nada, e quem ganha mais contribui um pouco mais”, explicou.

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