“Sempre estivemos abertos ao diálogo”, diz Lula
Presidente brasileiro responde a fala de Trump, defende instituições e cobra respeito após tarifaço e sanções contra Moraes
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu nesta sexta-feira (1º) às sanções impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil, destacando que seu governo busca proteger a economia nacional e está aberto a negociações.
A declaração foi publicada em sua conta oficial na plataforma X (antigo Twitter), dois dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA e sanções diretas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, afirmou Lula em publicação nas redes sociais.
A nova escalada na crise diplomática entre os dois países foi deflagrada com a entrevista concedida por Donald Trump, na qual o mandatário norte-americano voltou a interferir nos assuntos internos brasileiros e manifestou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente réu no Supremo por envolvimento em uma trama golpista. “Ele pode falar comigo quando quiser”, disse Trump, referindo-se a Lula, acrescentando em tom de provocação: “As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”.
Além de aplicar o tarifaço sobre as exportações brasileiras, a Casa Branca impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes, alegando “ações antidemocráticas” em referência ao inquérito sobre o plano de golpe investigado pelo STF. A medida representa um movimento inédito e de forte conotação política, visto que o alvo é um membro do Judiciário brasileiro, com respaldo constitucional e institucional dentro do Estado democrático de direito.
Na mesma entrevista, Trump tentou suavizar o tom após os ataques, dizendo que “ama o povo do Brasil” e que preferia não antecipar outras possíveis sanções. “Vamos ver o que acontece”, limitou-se a dizer.
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