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      Roubo e furto de celulares caem no país, mas estelionato bate recorde

      Em 2024, número de roubos e furtos de celulares teve queda de 12%, mas fraudes e golpes digitais avançam e já superam 2 milhões de casos no ano

      (Foto: Reprodução/Freepik/KIENGCAN)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Roubo e furto de celulares caem no país e seguem em trajetória de queda em 2024, com 850.804 ocorrências registradas — uma redução de 12% em relação ao ano anterior.. Os dados constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Apesar disso, o levantamento mostra que o crime de estelionato seguiu caminho oposto e bateu recorde, com mais de 2,1 milhões de casos registrados no mesmo período. As informações são do O Globo.

      Mesmo em queda, o roubo e furto de celulares ainda atingem níveis elevados. Foram 431 ocorrências por 100 mil habitantes em 2024. E, embora a tendência nacional seja de redução, alguns estados registraram aumento. O maior crescimento foi no Rio de Janeiro, onde os casos saltaram 21,5%, passando de 48.408 em 2023 para 58.813 neste ano.

      Já São Paulo continua liderando as estatísticas. O estado foi responsável por 31,4% de todos os celulares roubados e furtados no país em 2024. A capital paulista sozinha respondeu por 18,5% dos casos, mesmo concentrando apenas 5,6% da população brasileira. A taxa na cidade de São Paulo chegou a 1.405,4 ocorrências por 100 mil habitantes.

      Enquanto esses crimes diminuem, o estelionato se tornou a principal ameaça patrimonial no Brasil. Foram 2.166.552 registros em 2024 — o equivalente a mais de quatro por minuto. O aumento foi de 7,8% em relação ao ano anterior e de mais de 400% desde 2018. Os dados evidenciam uma mudança no perfil da criminalidade, com migração das ações ilícitas do espaço físico para o ambiente virtual.

      Do total de estelionatos, 281.206 (cerca de 12%) foram classificados como ocorridos por meios eletrônicos, como fraudes bancárias, golpes em redes sociais ou aplicativos de relacionamento. No entanto, o próprio FBSP ressalta que esse número pode estar subestimado, já que a tipificação penal específica para crimes digitais foi criada apenas em 2021, e muitos estados ainda não distinguem estelionato físico e digital nas estatísticas. Esse é o caso de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.

      Os chamados golpes de engenharia social — quando a vítima é induzida a fornecer dados pessoais, clicar em links fraudulentos ou realizar transações sem perceber o risco — são os mais comuns entre os estelionatos eletrônicos. Segundo o FBSP, esse tipo de crime exige atenção especial do poder público, que deve ampliar campanhas de prevenção, investir em investigação digital e aprimorar os mecanismos de registro das ocorrências.

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