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Relatório final da ‘Abin paralela’ agravou situação de Bolsonaro, afirmam investigadores

Documento aponta uso da inteligência para atacar sistema eleitoral e manter ex-presidente no poder desde 2019

Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina / STF)
Otávio Rosso avatar
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247 - A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou ainda mais delicada após a divulgação do relatório da Polícia Federal sobre o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com investigadores, o documento revela que a atuação da chamada “Abin paralela” não foi uma reação ao risco de derrota nas eleições de 2022, mas parte de uma estratégia iniciada ainda no começo do mandato presidencial, em 2019. As informações são do g1.

Segundo a PF, Bolsonaro foi o principal beneficiário das ações criminosas conduzidas pela estrutura clandestina da Abin. O relatório, tornado público nesta quarta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostra como a agência foi usada para espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, perseguir adversários políticos e auxiliar a candidatura de Alexandre Ramagem, então diretor da Abin, à Câmara dos Deputados.

Os investigadores identificaram que agentes da Abin produziram informações falsas sobre o sistema eletrônico de votação e repassaram os dados ao ex-presidente. Documentos obtidos pela PF mostram que Ramagem elaborou um plano para atacar a credibilidade do processo eleitoral brasileiro. Para os investigadores, esse material reforça as suspeitas de que Bolsonaro estruturou uma estratégia para se manter no poder, o que poderá complicar ainda mais sua situação em processos já em andamento no Supremo.

Apesar da gravidade dos indícios, o novo relatório não deve ser anexado à ação penal relacionada à tentativa de golpe, atualmente em julgamento no STF. Caso isso ocorra, os prazos de instrução processual precisariam ser reabertos, o que atrasaria o desfecho do caso.

O relatório também aponta que Bolsonaro e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), atuavam diretamente na seleção dos alvos das ações clandestinas da Abin. Ambos são mencionados como integrantes do núcleo político da estrutura ilegal. Já o núcleo operacional era comandado por Ramagem e seus assessores diretos.

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