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PSB quer Marina e nomes fortes em Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul

Partido de Geraldo Alckmin tenta atrair nomes competitivos para reforçar alianças eleitorais em 2026

Marina Silva (Foto: Rogério Cassimiro/MMA)

247 - O PSB, legenda do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, intensificou as articulações para filiar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). Segundo o jornal O Globo, a sigla também busca atrair outros nomes expressivos do governo Lula que enfrentam incertezas dentro de seus atuais partidos, como os ministros Alexandre Silveira (PSD), das Minas e Energia, e Simone Tebet (MDB), do Planejamento.

Desde que o prefeito do Recife, João Campos, assumiu o comando nacional do partido, em junho, o PSB vem se reposicionando com o objetivo de fortalecer sua presença nas eleições de 2026. Entre as prioridades estão manter Alckmin como vice na chapa de Lula, ampliar a bancada na Câmara dos Deputados e lançar candidaturas competitivas ao Senado em estados estratégicos.

Marina Silva e o retorno ao PSB

A eventual filiação de Marina Silva é considerada a mais avançada. A ministra, que tem interesse em disputar uma vaga no Senado, vem sendo cortejada por João Campos e pela deputada federal Tabata Amaral (SP). No entanto, antes de confirmar a migração, Marina quer resolver questões jurídicas internas na Rede Sustentabilidade, partido que ela fundou após deixar o PSB em 2015.

Caso a mudança se concretize, marcará o retorno de Marina ao partido onde construiu parte de sua trajetória política. Em 2014, após a morte de Eduardo Campos durante a campanha presidencial, ela assumiu a cabeça de chapa e terminou a disputa em terceiro lugar.

Simone Tebet e o desafio paulista

Outro nome na mira do PSB é o de Simone Tebet. A ministra do Planejamento, filiada ao MDB, tem sido citada em pesquisas eleitorais no estado de São Paulo, onde foi bem votada nas eleições presidenciais de 2022. Embora seu domicílio eleitoral seja o Mato Grosso do Sul, a mudança para o maior colégio eleitoral do país é uma hipótese em discussão.

A filiação ao PSB poderia facilitar uma eventual candidatura ao Senado, uma vez que o MDB paulista — liderado pelo prefeito da capital, Ricardo Nunes — está na oposição ao governo Lula. “Não diria que o MDB tem a porta fechada, mas ela não é de São Paulo”, afirmou Nunes. “Com todo o carinho que tenho por ela, não vejo a menor condição de ser candidata ao Senado aqui'.

Reacomodações em Minas Gerais

Em Minas Gerais, segundo estado mais populoso do país, o PSB tenta se firmar como alternativa para políticos do PSD. A filiação do vice-governador Mateus Simões ao Novo deve provocar uma reconfiguração na legenda. Nesse contexto, figuras como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o ministro Alexandre Silveira poderiam migrar para o PSB.

Fontes do partido avaliam, porém, que Pacheco estaria mais interessado em uma futura indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto Silveira se mantém alinhado ao que o presidente Lula decidir. O PSB adota cautela e aguarda os próximos movimentos do líder do PSD, Gilberto Kassab, antes de avançar nas negociações.

Manuela D’Ávila e o cenário no Sul

No Rio Grande do Sul, o PSB também tenta atrair a ex-deputada Manuela D’Ávila, que deixou o PCdoB em 2024. Candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018, Manuela é vista como um nome capaz de impulsionar a bancada socialista no estado, seja como candidata ao Senado ou puxadora de votos para a Câmara.

A possível filiação, no entanto, depende de ajustes internos no PSB gaúcho. Ela conta com o apoio do ex-deputado Beto Albuquerque, mas parte da legenda prefere manter uma aliança mais próxima do governador Eduardo Leite (PSD).

Com essas movimentações, o PSB busca consolidar uma imagem de partido estratégico dentro da coalizão governista, reforçando sua base em estados decisivos e ampliando sua influência nas eleições de 2026.

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